domingo, 27 de dezembro de 2009

Avise, se puder nossos amigos, que eu não vou mudar.
Em todos os lugares que você estiver, eu vou estar.
Perto de você, eu não pude ficar.
Tente não me esquecer. Eu ou tentar sempre te amar.

(Bromélias - Bidê ou balde)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O que eu posso fazer se não vejo mais a sinceridade nas suas palavras?
O que eu posso fazer se não sei como recuperar o que está trincado, se já tentei consertar e colar as rachaduras, que teimam em se fazer maiores?
Não sei o que aconteceu comigo este ano - começo a fazer o momento retrospectiva de todo ano - mas tenho certeza que já fui melhor quando o assunto era perdão. :|

Sentia que antes era tão mais fácil fazer passar... era só escrever, por pra fora de um jeito qualquer e pronto. Mas não tem sido simples assim, aliás, nada mais tem sido simples. É que eu sempre preferi depender só de mim para fazer acontecer, então eu decidia que passou e pronto. Agora eu me importo com o que o outro lado faz.

Não o que o outro lado fez para, mas o que fará por. Fiquei dois meses sem falar com uma pessoa de minha estima, simplesmente porque não havia nenhum movimento por, por parte dela. Primeiro: sim, a possibilidade de contato era diária; segundo: "ohhh, mas se passou-se dois meses, você não fez nada por também!". Fato, o problema foi quem fez por todos os outros dias antes dos dois meses, e os dias que se sucederam o que veio depois da quebra de gelo de dois meses. Só uma tentativa de tentar me convencer que de alguma forma a importância é recíproca, e é só isso que tenho buscado encontrar. A importância que vem do outro lado.

Isso é meio frustante as vezes. A gente procura a importância que alguém dá a você, e percebes que és tratado como aquela pessoa que "vou recorrer quando ninguém mais está para mim", de forma extremamente descarada, e como mostra que as decisões que envolvem a sua pessoa, são sempre mais difíceis e problematizada que as que envolvem os demais. Uma vida pra escolher o que refere-se a você, um convite alheio pra desmoronar todo o planejamento.

Talvez a frequência de determinados comportamentos tende a fazer com que o outro habitue-se a, e deixe de responder da forma esperada, no entanto, eventos totalmente aversivos possibilitam o surgimento de comportamentos de contra-controle, como forma de reagir ao que lhe é aversivo. Acho que o que aconteceu foi isso. Cansei de aceitar de pronto e fazer parecer que está tudo bem. Antes preciso sentir que está tudo bem, e tal conforto só pode vir quando demonstra-se que o problema tem importância sim, e que a solução só pode ser encontrada juntos.

Lembra de tudo o que está trincado lá do início? Pois é, sempre há um rolo de fita adesiva quando há mais de um par de mãos para remendar, ou construir um novo.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

De volta à Rua do Vintém

Doze anos depois, cá estou eu num colchão no centro da sala daquele apartamento da Rua do Vintém. Naquela época eu era a caçulinha da casa, hoje sou a madrinha, o bebê resmunga em seu bercinho no antigo quarto de seu pai, que por mais duas horas cochilará no quarto que era de minha mãe.

Eu estou aqui, novamente no centro da sala, mas não tenho mais 7 anos, muito menos 6. As cortinas não são mais de renda, e meu imaginário infantil não vê mais bichos formados pelos recortes das rendas, mas a rua ainda é a mesma, e as contingências me fazem [emitir o comportamento de] lembrar. Poderia ficar aqui escrevendo e escrevendo as histórias do meu passado, as brincadeiras no play, as cabaninhas no sofá, os presentes de papai Noel na varanda, meu primeiro diário, minha queda de patins; mas hoje, só quero lembrar que me encontro deitada num colchão no centro da sala daquele apartamento na Rua do Vintém, e que amanhã ao levantar-me, deverei guardar o colchão no quarto dos meus tios (antigo quarto dos meus pais).

PS: o colchão está no mesmo lugar que outr'ora eu dormia todos os dias.

PS2: Ah... dormi antes de apertar o publicar... =/

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Estou me sentindo em falta com meus pensamentos.
A parte ruim disso é que pensamentos atrasados não tem o mesmo furor da hora que nascem, mas... vá lá!

Há uma música que eu gosto muito, que tem um verso assim "outra criança adulterada pelos anos que a pintura escondia", essa frase sempre foi muito forte pra mim, principalmente quando tinha meus 15, 16 anos, e ousava usar pinturas para ir ao colégio, sim, eu demorei a parar de me sentir criança, até porque, em termos práticos, tirando alguns conceitos de desenvolvimento, não vejo lá taaaaaanta diferença entre criança e adolescente, mas mesmo que sentisse, acho que criança, nessa música diz respeito a um ser muito jovem tentando se passar por mais velha.

Sempre pensei naquelas garotas que carregam seus rosto de corretivo, base, pó, blush, lápis, sombra e batom, tentando burlar o segurança da boite, mas nunca tinha pensado nas outras formas de adulteração... Mas de repente, me vi observando minhas primas mais novas, e traçando um comparativo entre elas e seus círculos de amizade e minha mesma idade e meus círculos de amizade. Custo a aceitar a diferença dos 3 ou 5 anos que nos separam.

Acho um absurdo discrepante quando pessoas bem mais velhas (tipo tias, pais, avós) tentam, de uma forma agressiva, dizer que a juventude hoje está desencaminhada, que todo mundo é pervertido, que há 30, 40 anos atrás não era assim, moça direita não mostrava nem o tornozelo, decote era motivo de escândalo. Claro, era costume daquela época, e hoje os tempos mudaram. Ok.

Mas eu venho dizendo o que era três anos atrás e hoje não é!

Está na moda as festas a fantasia - particularmente eu acho um máximo! - e esava observando um certo álbum de uma festa a fantasia... como disse uma amiga minha, não me espantaria se me dissessem que a fantasia de uma determinada garota fora adquirida num sexshop! Fiquei um bom tempo olhando para aquela fantasia, bestificada, me perguntando qual a necessidade de alguém usar numa festa "pública" uma fantasia composta por um topezinho (daqueles que terminam na base da mama e ainda tem a coragem de ter um recorte em forma de decote), que de tão curto tinha a audácia de ter mangas compridas! E uma saia que se não fosse o "bom-senso" da menina, deixaria à mostra a polpinha da bunda!

Ahhh! Que isso!! Você está sendo retrógrada, mó tiazona você! As moças hoje em dia são pra frente mesmo... Não, não estou falando de uma moça. Estou falando de uma adolescente de 14 ou 15 anos. Uma dessas crianças adulteradas pelos anos que a vestimenta escondia.

E mais uma vez eu pergunto: E a mãe dessa menina, onde está? Não viu o tipo de roupa que a filha pretendia usar numa festa? Pagou por algo que nem sabia sobre o que se tratava? Realmente sinto que noções de cuidado estão distorcidas...

Mas se a mãe foi permissiva ou se a menina burlou a mãe, não me interessa, sei lá, mas eu me sentiria totalmente desconfortável indo à uma festa em trajes assim, tanto é que ainda hoje, se saio para dançar - a não ser que seja uma dança que a saia (comprida) seja necessária (ex: forró *-*) - eu uso calça jeans, que são tão mais confortáveis no quesito "sinta-se a vontade!"...

Essas meninas são as mesmas que com 10/11 anos pararam de brincar de barbie e foram correndo atrás do primeiro beijo, e que aos 12 anos levavam seu primeiro namorado pra família conhecer (claro, a família achou o máximo) e que sabe-se lá com qual novidade aparecerá aos 16/17.
Sinto que são etapas queimadas, e que vão contra aquilo que minha estimada mãezinha sempre me ensinou: tudo ao seu tempo... e cada vez mais, crianças adulteradas...

Posso ter excedido meu direito ao moralismo nesse post, mas estava intalado aqui.

sábado, 28 de novembro de 2009

É uma coisa meio estúpida, mas...
Estava agora vendo uma das minhas fotos favoritas, nem sei porque gosto tanto, mas gosto. Inclusive roda bastante entre o repertório de fotos da minha exibição no msn... E eu estava me vendo nesta foto. Não que eu percebesse as fotos como em Harry Potter, tipo que elas saem da moldura, piscam e se bobear até falam, mas eu sempre percebo com um fluxo contínuo de lembranças e sei lá o que, e nunca tinha parado pra lamentar como as fotos são estáticas.

Uauuu!!! Fotos são estáticas! Que bela descoberta Mayara!
Nãããããoooo... sempre soube que elas são estáticas, mas de repente, não me dizem nada.
Sinto-a tão vazia, triste. Não consegui achar o momento em que minha vida se perdeu nessa foto... Ou o momento em que eu achei essa vida, ou sei lá o que quer que seja.

Fotos, são só fotos.
Lembranças, minha vida.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

É um desejo que se confunde com a vontade de serem apenas um...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Perco as horas
tentando me perder...

Ah... versos curtos e sem função. Tenho estado com preguiça de gastar dedos aqui...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Cola o seu rosto no meu
Vem dançar...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Obrigada por me fazer humana enquanto eu deveria ser uma máquina trabalhando. Mesmo que eu esteja infinitamente puta com você neste momento porque eu não posso parar, mas simplesmente não consigo prosseguir.
Já que já fiz m post que não era meu, um poema que também não é meu...
Mas cara é muito bom, e não quis dizer assim que os meus singelos versos são bons, mas pelo menos são meus... hehehe
Estava conversando com uma amiga, sobre o que é ser psicólogo e coisa e tal, e tal e coisa, e ela me falou desse poema aí.
Cara, falou TUDO!


Nada posso lhe dar...
Que já não exista em você mesmo.
Não posso abrir-lhe outro mundo
de imagens, além daquele que
há em sua própria alma.
Nada lhe posso dar, a não
ser a oportunidade,
o impulso, a chave.
Eu o ajudarei a tornar visível
o seu próprio mundo,
e isso é tudo.
(Hermann Hesse)
Então por que você insiste em ficar aí parada me olhando
Se não consegue ser eficiente em dizer alguma coisa
Porque tudo que na verdade você consegue dizer é A-HÁ A-HÁ!












O velho e bom bidê ou balde... Não sei se acertei a letra, mas não to com muito tempo de buscar em algum lugar além da memória... :|

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sobre o uso de perfumes


Pra começar, já aviso que muito me agradam as pessoas que se perfumam, principalmente as do outro sexo.

Talvez seja um pouco forçado afirmar que as essências revelam a personalidade das pessoas, ou coisas do tipo, ou pelo menos não tenho tamanha sensibilidade. Mas alguma coisa me vem quando sinto as fragrâncias emaranhadas à pele das pessoas. Algumas simplesmente me atraem pelo seu cheiro, outras me causam repulsa.

Mas o que quero dizer neste momento, é sobre o uso desmedido deste artifício, tratando aqui daqueles [e aquelas], que todos os dias, antes de sair de suas casas, tomam banho de perfume. Proponho aqui dois porquês:

Primeiro: acredito que os perfumes devem ser apreciados de perto, à distância de um toque, um abraço, uma carícia, não a três metros de distância! O cheiro deve no futuro fazer menção a uma pessoa específica, não a probabilidade de pessoas ou transformar-se no cheiro ambiente. Mais importante, é fazer ter certeza de que o aroma permanecerá em seu dono e sob hipótese alguma deverá permanecer em terceiros como algo além de uma lembrança. Trato portanto da sutileza do perfumar. Perceba como é eficaz frases do tipo "aproxime-se, deixe eu sentir teu perfume", ou "gosto de te abraçar pra sentir o teu cheiro"... é em contexto semelhante que o Rastapé mostra como é malandrinha a pessoa que sabe usar um perfume
"Moreno me convidou para dançar um xote
Beijou o meu cabelo cheirou meu cangote
Fez meu corpo inteiro se arrepiar
Fiquei sem jeito e ele me acolheu junto ao peito
E foi nos braços desse moreno
Que eu forrozeei até o dia clarear"

Se a senhorita tivesse com um perfume que fosse percebido à distância, de repente teria perdido a oportunidade de se achegar ao moço que lhe fora tão carinhoso...

Segundo: acredito que feromônios artificiais não devem anular os feromônios naturais. O aroma suave de uma fragrância agradável deve na verdade ser um convite a sentir-se o odor natural, fixo na pele, assim, tornar-se-ia muito mais fácil reconhecer um parceiro em potencial.
Ou mais! Segundo estudos, uma criança (bebê) pode acalmar-se ao cheirar uma peça de roupa materna e agitar-se caso a peça não pertença à sua mãe.

Agora, se nada disso convence, pense apenas na poluição olfativa. Imagine se todos resolvessem usar todo o vidro do seu perfume favorito de uma só vez [e todos na mesma ocasião] e saísse às ruas.
Faz tempo postei estes singelos versos em resposta ao post da Jordinha, e senti vontade de fazê-lo aqui, mas sempre esquecia e criava coisas novas... mas particularmente, gosto muito deles, e lembrando-me, fui buscá-los de volta... =D

É paz que constrói,
tormenta que decompõe.
É fogo que queima,
brasa que não deixa morrer.

É presente que quer ser futuro,
história que quer ser passado.

Ah o amor...
se pudesse amaria.
Amaria o mundo
só se fosse por um segundo.
Um segundo para cada amor,
um amor pra cada eu.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Post retardado.


23:34: Faz uma hora que estou sem energia e me desespero por saber que tenho mil coisas a fazer. Texto para ler de trabalho para apresentar amanhã. Que desespero!
Mas agora resolvi dormir, não há nada a ser feito...

Olhei as janelas e me deu uma vontade de debruçar-me nela e escrever... É que o céu está tão bonito, como há tempos não via. Sim, hoje posso olhar as estrelas. Me fazem lembrar a roça, a moda de viola, a alegria e a cachaça. E no dia seguinte, ribeirão.

Não consigo ver nada a minha frente. Vez ou outra um farol ilumina a rua.

Profundamente reflexivo...
O jornal na rádio diz que há tendência a arrastões e assaltos devido a falta de luz. Povinho mau caráter!
Ainda revela a fragilidade humana.

Dia 10/09/09 [quase]todos foram dormir mais cedo porque já não havia mais nada a ser feito.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Saudade do teu cheiro
Do teu beijo
Do mar.

domingo, 8 de novembro de 2009

vontade de fazer tudo pegar fogo, ver tudo queimar... quem sabe não se desfaz o nó da garganta, quem sabe assim eu não consiga respirar?
É estranho, algo que quer ir, mas não se deixa partir... Não quero que fique, mas não permito que se vá.
Como devo proceder? Será que é só sentar e esperar? Mas já estou sentada a tanto tempo...
Mas o nó incomoda. É amargo, é estranho, pesado... pesado é o que há em minha mente. É aquilo que forma o nó, nó do tamanho de uma laranja, suficiente pra trancar toda a minha garganta, e eu não posso respirar. Não sinto o ar passando do nó. Está preso, não chega ao pulmão, mas eu continuo exalando CO2... Como pode?
Parece que escrever me fez bem... uma inspiração mais forte me fez engolir o nó. Mas ele voltou ao seu ponto de partida.

Continuo sem respirar.
Continuo com vontade de fazer tudo queimar.
Poesia está na alma
É da cor, do cheiro e do gosto que tem.
Poesia é verso, é rima
De frases curtas conto a prosa que na cabeça me vem.

Poesia não é simplesmente poesia
o tom da verdade
A pura fantasia
Qualquer coisa que expresse um momento de felicidade.

Poesia é a alma.
O cantor, a poetiza.
Versos são versos
Que encanta e acalma.

Poesia sempre será poesia.
Será a voz de quem se cala
A esperança da profecia

Da vida tiro uma lição
E dela com meus versos,
Faço uma canção
Que é pra ver se desperto
Seus olhos tão dispersos.

sábado, 7 de novembro de 2009

Só pra reforçar que depois de um dia de azar, vem um dia muito auspicioso...
E quem tem azar é azarado, mas quem tem sorte é sorteiro!
hehe

Não, podexá, esse blog não vai ficar mais fútil do que já é...
;)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Aí eu pensei que já tinha acabado por hoje né?!
Saí mais cedo pra faculdade, tipo uns vinte minutos antes do normal, logo deveria chegar vinte minutos mais cedo. Errado!
Fiquei trinta minutos debaixo do sol de 13h esperando um maldito ônibus.
Tá parecendo piada e coisa e tal, mas por enquanto só consegui rir de desespero.
Se não fosse meu amigo, o monitor, teria perdido a única aula do dia, e jogado duas passagens (pagas em dinheiro) no lixo.
Obaa.. meu dia começou a dar certo! /o/ uhul!

Quem disse?!

Aproveitei a aula que acabava cedo e cansada de ver meu dinheiro ir embora na catraca do coletivo, fui ao setpes comprar meus malditos passes. Pergunta nº1: Por que que existe um infeliz que tirou o ponto de venda lá da universidade? Pergunta nº2: Por que que eu tenho que sempre me foder quando tento ajudar os outros? Pergunta nº3: Se sexta-feira 13 é só na semana que vem, por que tanto azar no dia de hoje?!

Ótimo, comprei o passe e fui feliz da vida ao carrefour, ver uma camisa pro meu irmão pra fantasia dele da festa de amanhã... achei a camisa? Nãããããooooo!!! E o cartão!? Perdi o filho da puta!
voltei andando até o lugar que vende e achei? Nadaaa!
Com as pernas já doidas, morrendo de calor e sede, voltei ao ponto pra pagar as terceira passagem do dia. Resolvi tomar uma água de coco. Paguei 1,50 pela metade do que eu tomo com o mesmo valor na faculdade, mas esqueci de pegar o troco, na pressa de pegar o ônibus que já estava quase deixando o ponto. Sorte que o troco era pros 2,50 que eu paguei. Prejuízo de só mais um real.

Resoolvi pagar uma conta antes de entrar em casa, antes que eu gastasse todo o meu dinheiro... Fila quilométrica, mochila pesada, pernas doídas: Nem a pau!

Bom, de repente mais tarde eu volte lá para pagar a tal, passe no supermercado e compre material de fazer bolo, mas pelo menos consegui cancelar o meu cartão, e o único prejuízo que terei será o valor pago na segunda via...

Cá pra nós, estou com medo da próxima sexta...
Pelamor!
Não queria pensar em escrever sobre isso.
Mas preciso!
São 12:38 do dia 6 de novembro de 2009.
Eu tentei comprar uma geladeira.

Não, não é minha culpa querer comprar uma geladeira nova e morar num prédio cujo a porta do elevador é menor que o produto. Também não é minha culpa preferir o décimo ao primeiro andar. Talvez tenha sido minha culpa comprar em uma loja de uma grande rede [famoso golpe do nome e prestígio] porque o produto custava cerca de 400 reais mais barato.
Sabe aquela coisa de o famoso barato que sai caro.
Uma semana após ficar esperando o produto, ele me chega em plena sexta-feira. Ótimo, final de semana todo pra organizar as coisas no lugar. Nãããããooo. A geladeira não sobe!

É. A porta é estreita demais. O objeto já está sem o plástico e as proteções de isopor, mesmo assim, não cabe. A porta deve ser removida. Precisa de alguém da assistência técnica, que não atende ao bendito telefone... Vinte minutos se passam, finalmente atendem. Cobra-se o valor de 100 reais para um técnico vir resolver o problema. Se ele não vem e fazemos por conta própria, perdemos a garantia. O rapaz não quer levar de volta.
Contacta-se a advogada, ela passa algumas informações, mas na prática é complicado de seguir.

Agora estou rindo de desespero. Entendo que o rapaz nada pode fazer e muito tem que escutar.O pobre já está há duas horas (verídicas) na portaria tentando fazer algo, nem que fosse deixar a geladeira na portaria e ir embora.
Mas ela não sobe! Não subirá. Ao menos que venha alguém e tire as portas. Quem arrastará lá pra cima depois?

A solução é ligar ela na portaria mesmo, e diariamente, várias vezes ao dia descer pra beber água, buscar o almoço, a sobremesa e torcer pra ninguém roubar o meu iogurte.







Ps: Não, não foi esse o fim da história fatídica. Por fim, 12:58, a transportadora voltou, recolheu a geladeira e tornará a trazê-la no dia que nos submetermos a pagar os 100 reais pro cara da autorizada vir, quando puder, tirar a maldita porta.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Só sei que tem muita coisa no ar...
E eu não consigo pegar nada!

Tem coisinhas no meu caderno da facul que estão carecendo vir pra cá...
Não, não são novas de cognitivos, PGE, desenvolvimento ou personalidade...

Catuque pro projeto de primo...
:p

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

As vezes, fico olhando fotos, nicks, depoimentos, momentos, romance. Por mais que saiba que tudo tenha acabado, ou mesmo sequer começado, fico pensando em como seria, como poderia ter sido... Penso as vezes que nada acabou, que ficou alguma coisa no ar, algo que foi bruscamente interrompido. Outras, defino como algo inacabado por não ter sido começado. Ledo engano... comecei sim! mas novamente afirmo, algo que foi interrompido.

Já não consigo ver a beleza que outrora via, não consigo ver um dois, sendo em mim. Não acho que combina. Mas ficou um ressentimento, uma mágoa, algo profundo, uma ferida.

Ressentimento: sentir de novo
E de novo,
e de novo.

Sentir até cansar
Até cair,
esbravejar.

Ter na pele o gosto da amargura
Ver o cheiro do podre,
ouvir tudo que é velho.

Ressentir é algo tão confuso, que muitas vezes me pego pensando sobre ele. O que eu penso fica pra outra vez, que eu ressinto, não vem ao caso. Em todos casos, quando digo-me ressentida com fato tal, não me porto com tristeza, pelo contrário, minha sorte após o desencontro foi um grande encontro, um grande caso, o melhor dos acasos.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Tô com saudade de tu, meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu
É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz
Pensamento viaja
E vai buscar meu bem-querer
Em Não posso ser feliz, assim
Tem dó de mim o que eu posso fazer
(Gostoso demais - Dominguinhos - Nando Cordel)


Sem comentários, mas acordei meio saudosa hoje...
Ah sim, mas não é uma letra bonita?
Sei lá, acho que faltam coisas assim hoje em dia... músicas bonitas e pã, as paradas de sucesso nem têm mais esse ar romântico-bonitinho-não-apelão... Alguns sertanejos até tentam, mas ah...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

vazio.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

"A vontade é livre e, aprisionada num corpo passional e fraco, pode mergulhar nossa alma na ilusão e no erro."
(Chauí, M., Um convite à filosofia, preguiça de ver a data)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Tenho pensado muito durante os últimos dias sobre o que discutimos numa das aulas de Teoria da Personalidade I dias atrás. É que vem exatamente de encontro com o que eu pensava muito antes de saber que existia física, ainda mais quântica.

Durante muito tempo pensei que meus pensamentos infantis só faziam parte do meu imaginário egocêntrico, mas tenho pensado, e em parte, eu tinha até razão.

Diz respeito a como que coisas e pessoas passam a existir - e em versão adulta - de repente.
É como falar que milhares de coisas existem, mesmo que eu não tenha conhecimento. Tudo bem, não posso conhecer tudo, mas o que não conheço, NÃO EXISTE!

Então eu começo a pensar nisso: Como de repente as pessoas começam a existir. Primeiro é um rosto que eu nunca havia visto, um olhar diferente, uma pessoa que me cruzou a rua por um instante existiu pra mim, depois, não existe mais.
Aí por um motivo qualquer, alguma coisa te faz conhecer de fato essa pessoa e ela passa a existir de fato. Passo a ter ciência de sua forma, sua voz, seu pensamento... enfim, tenho um arranjo de características que me falam de um único ser - um indivíduo.

Penso nas pessoas que morrem em acidentes, aqueles feios, de carro ou de avião; principalmente os de carro em autoestradas. Quanta gente que para para ver a morte de alguém que não existe. Pra que, me pergunto, pra que? - sempre me perguntei. É o gosto de ver a desgraça alheia? É prestar uma homenagem a quem não se conheceu?

Penso nas minhas aulas de anatomia, nas que tive, nas que ajudo, nas peças anatomicas.
Sim, é um cadáver. É alguém que não existia (no MEU universo) e passou a existir como "objeto" agora. É um corpo sem vida, pra mim, sem história. Não desconsidero, entretanto, que nunca existiu vida naquele corpo, que aquele cadáver não tinha uma história, não tinha amigos, família. Mas qual diferença isso me faz agora?

Adiantaria sentar ao lado da bancada e começar a chorar e me encher de tristeza porque tem um morto à minha frente? Adiantaria eu frear o meu carro e passar devagarzinho, olhando, procurando o rosto da vítima, só para chorar pela aquela fatídica cena de um morto todo ferido?

Mas eu quero voltar às pessoas que passaram a existir ainda com vida.
Não é estranho tudo isso?
Pessoas que há anos vejo semanalmente, diariamente e nem me dou conta, não existem pra mim. Não me adianta falar em Dona Ana Maria Beatriz Alvez da Cruz Faria, ela não existe (na verdade, em meu imaginário agora ela passa a existir, no sentinto que crio um corpo e um rosto para ela). Lembro-me de uma dessas pessoas que já falei, que a gente percebe de repente, e um rosto desconhecido passa a fazer parte do seu leque de pensamentos. Daí você percebe que ela ten um olhar especial, único, tem corpo, forma. Durante muito tempo foi exatamente isso. Uma pessoa que passou a existir e tomou forma.
Porém, ainda não tinha nome, endereço, voz, história. Mas como é que alguém passa a existir sem referências? Dei-lhe um nome, um endereço e uma história. O que me valeu até essa pessoa tornar-se de fato real.

Tê-la como real - ser materializado - durante muito tempo me trouxe certa euforia, mas como tudo na minha vida, passou. Mas acho um exemplo muito interessante esse, de como a pessoa vai tomando existência aos poucos.

Quanto minha visão egocêntrica de criança, de tudo não estava errada. Nem certa! Mas criei muita coisa!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

sei não, mas acho que está acontecendo alguma coisa muito estranha comigo...
será que são aqueles dias? (Não aqueeeles dias, outros dias)
é muito estranho mesmo, desde o primeiro dia, não teve um que não me atentasse à aula, e dentre as 4 matérias do período, só uma salvava minha atenção! Me sinto sei lá, meio aérea.
Não é um pensamento específico, não é uma pessoa em especial, apenas eu mesma.
Tão estranhas que comecei o post, olhei pro lado e 20 minutos depois [ou mais] voltei, sem a menor noção do que eu ia escrever.
:s

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Poema de 5ª série

Diga-me que és tu
Que vem e passa
Fica e me veja
E o meu mundo terá sentido

Mostra-me que és tu
Melhor que a cachaça
Ou qualquer doce que seja
E o meu mundo não será desvalido

Prove-me que és tu
Que salvar-me-á da desgraça
Que sou a fonte do que deseja
E o meu mundo não será mais temido.

Sejamo-nos nós
O braço que abraça
A voz que planeja
E nosso mundo estará mais perdido.


Poeminha(?) patético pra fechar a semana...
=D
E não, não foi escrito durante a 5ª série...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009


Ela era apenas uma menina e tinha um sonho...
Mas seus sonhos não eram vazios, como sonhos de misses, daqueles que são discursados em noite de prêmio, como "um dia não haverá fome na África e haverá a paz no mundo inteiro", também não sonhava cheio demais, como quando se sonha em ganhar muito dinheiro, ter uma casa muito grande e bonita com um lago pra andar de canoa e ter um poney.

Ela sonhava real, dentro do mundo dela.
Queria ser independente, morar num pequeno apartamento, matar sua fome de mundo, a fome de saber e todas as outras fomes. Sobretudo, queria alcançar a sua paz.

Ela era apenas uma menina...
Se escondia num corpo de mulher, mas era apenas uma menina. Que tinha tanto medo, tanto medo de acordar, de dormir no vazio da sua solidão, de estar no meio da multidão, e ser apenas mais uma, embora não desejasse ser a única.

Ela não tinha um único sonho.
Sonhava o tempo todo, e as vezes os chamava devaneios. Aliás, adorava devanear enquanto via a cidade se afastar pela janela traseira do ônibus... algo a fascinava ao olhar a cidade afastar-se e não sabia explicar.

Ela era apenas uma menina e tinha um sonho...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Perder

"E acho que não devemos nos perder..."
Há dias que músicas vêm à minha cabeça e passam o dia, ali, martelando, e vez ou outra me pego cantarolando algum trecho marcante. Outras vezes, foi o que o professor disse, ou algo que surgiu durante a aula, como foi o pensamento, que me assombrou durante dias, e as vezes tenta voltar, ou agora coisas como reforço, reforçador, punitivo, coerção, estímulo, respondente e operante brincam de 'escravos de Jó' nos meus devaneios... Até um poeminha surgiu, mas nem ficou muito postável, então qualquer hora ele aparece aqui, quando der...

Mas vim falar do perder, e não de PGE!

Quanto essas coisas que vão e vem na minha cabeça, essa frase a está rondando faz alguns dias... "não devemos nos perder"... mas todas as coisas que nos juntavam, não fazem mais razão de fazer ficar perto, e todos os encontros, já não são tão assim motivo de encontro mais. E sinto que estamos nos perdendo... perdendo a passos longos. Rápido, voraz...

Coisas que me deixam um tanto chateada, pois sempre gostei tanto do que nos tornava iguais e mais ainda do que nos tornava diferente, e ao nos perdermos um do outro, perder-se-á tudo que está em torno. Mas quem sabe numa outra ocasião tudo se remende e os trapos consigam ser remendados novamente, não?!

Tenho esse péssimo costume de esquecer as coisas e voltar como se nada tivesse acontecido, aliás, nem é tão péssimo assim. Acho até que é um dom, e talvez eu seja sim um tanto quanto cara de pau.
o/

quarta-feira, 30 de setembro de 2009


"Eu sempre quis te contar sobre os mistérios que pairam no ar". (A escola - Anderson Chokolate)

Muitos mistérios.
Muito ar.
Será mesmo que eu sempre quis te contar?
Pior! Será que você sempre quis ouvir?

Sempre tive muito a falar, pouco pra contar, poucos pra ouvir. Ao mesmo tempo, sempre tive muito a ouvir. Queria ouvir mais sobre os mistérios... Gosto dos mistérios.

Aliás, quero descobrir os mistérios que pairam no ar.
Sem dúvida vivê-los deve ser muito mais emocionante do que ouvir sobre eles!

Desde pequena, ouço de uma tal "volta da caviúna" onde coisas estranhas acontecem, e é lá na roça, no caminho ao pedacinho de chão da minha avó que isso acontece. Segundo fontes, coisas recentes aconteceram lá... Nunca fui. Pretendo conhecer o local dentro das próximas vezes que visitar os parentes.

Só acho engraçada a forma de temermos o desconhecido...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009


Fotos...
existem muitas delas na minha parede, outras tantas em dvds e ainda em arquivos no computador.
Mas em especial existem fotos na minha parede.
Fotos que representam momentos, emoções, vidas.
Marcando pessoas especiais, evocando pessoas queridas...
As vovós, o avô, o biso e as bisas... minha infância querida.
Aprender a dar cambalhotas, ser punida por brincar de barro ou de mangueira, mas mesmo assim, ser a bisneta querida, a que nem mesmo a esclerose conseguiu fazer esquecer. Pedir a benção antes de entrar em casa, pedir com direito a beijo na mão e tudo o mais! Ato contínuo até a última visita.

Carinho...
Tantas pessoas guardo na minha mente, tantas lágrimas de lembranças perdidas. Sorrisos congelados e principalmente história pra contar.

A noiva ainda solteira, a escola antiga, os amigos que permaneceram, o grupinho de amigas que por coincidência gostava da mesma banda, os primos, as caretas, a história da cidade, as partes cariocas, paulistas e mineiras. Meu Espírito Santo...
Praia, cachoeira, rua. Festa, casa, parque e janela.

Janela da minha alma. Alma da minha vida. Vida da minha história. História do meu passado. Passado coletivo.

Fotos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Terrívelmente impossível forçar um pensamento.
Por que poemas são difíceis também?
por que pior que pensamentos, eles não vêm?

Começo a entender a lógica do domínio ao pensamento e não à imaginação.

O pensamento pode muito bem vir aos pedaços, e tranquilamente minha mente coordena os passos seguintes.

Já o poema...

Um verso, uma estrofe.
Nada mais.
Nada mais e nada faço.

Nada completo.

Pequeno verso
Sem rima
Sem acesso

Calados e falantes
Quietos versos
da menina saltitante.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Fim de semana


Deveria ter passado um fim de semana "normal", sábado até 12h (aproximadamente): dormir; família, grupo de jovens, lar-família-cozinha. Domingo morgar o dia inteiro, talvez ler alguma coisa, a noite missa e reunião de família.

Mas meu destino mudou as 22:53h de sexta. Meus pais voltam da Igreja, e incisivamente meu pai fala de uma tal terapia de qualquer coisa familiar (que não me era nada familiar), com um psicólogo muito bom*, que tinha dado uma palestra pra eles (meus pais). "Você sabe o que é terapia da constelação familiar?" irritante e insistentemente perguntava meu pai. "Pois bem, vai acontecer este fim de semana e acho que seria muito interessante que você fosse pra aprender algo, observar. Pode ser muito bom para a sua carreira e acho que você vai gostar de ir..."

Enfim, resolvi aceitar mais para agradar o bom e velho velho [e pra acabar minha perturbação], do que pra saciar minha curiosidade que nem estava lá tão excitada.

Pra quem dizia que só praga de mãe que pega, pois saiba que a de pai funciona bem também, por isso, leve o casaquinho também quando ele disser que vai esfriar!

Me amarrei no workshop, tanto que mês que vem estarei eu de novo lá, dessa vez assistindo ao Padre como terapeuta, e, se tudo der certo, constelarei também. E vai que... é... deixa pra lá.

*psicólogo muito bom: concepção de um pai dedicado que viu uma palestra de poucos minutos de um psicólogo desbocado. Na verdade, ele é bom sim.
** para saber mais sobre terapia da constelação familiar sistêmica

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

"Faça uma boa ação por alguém hoje" sorte do dia do orkut.
Já pensou que talvez eu queira fazer algo por mim?
Não sei... fico vendo essas construções sociais de hoje em dia, que transforma em algo totalmente feio (assim nos dizem desde criança) as coisas que nos dizem respeito. Coisas do tipo assim: "é feio ficar só falando bem de você" (gabar-se, não ser humilde); "é feio não dividir o lanche com o coleguinha", "é feio você chegar ao local duas, três horas antes pra conseguir sentar e não dar o seu lugar para a velhinha que chegou 23 minutos ATRASADA", "é feio pegar o maior bife da bandeja se falta gente para servir-se ainda" (mesmo se você está com uma puta fome e tem uma magrela que nem o outro bife comerá).

É tudo pelos outros, outros e outros.
Não posso sair da palestra porque o palestante italiano sentir-se-á ofendido, não posso estudar porque devo deixar que o mundo a minha volta se acabe em gritos, não posso fazer trabalhos porque tenho que dar atenção à minha mãe, ao irmão, à casa, à comida que deve ser preparada, à visita que acaba de chegar, à conferência que colocou no ar 5 tios conversando sobre nada.

Tudo pelos outros.
Sempre os outros.

Já parou pra pensar se pudessemos ficar no "faça uma boa ação pra você hoje"?
Ah claro, é feio pensar nisso.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pensando de volta pra casa


Entre sonetos e sinetas e canto...
Movimentos rápidos... involuntários, automáticos.
Insights, luz, ação!
A cidade passa. Eu fico parada... e eu ando.
Eu busco... eu sinto... lugar nenhum.
Qual a nova distração?
Quem é a nova distração?
Qual o medo? Qual mico?
A multidão: para...
Eu: passo... e fico. Não caminho... perco.
Pessoas olham e não entendem. Elas fingem... elas fingem e eu minto.
Minto e medo.
Pensamentos... pensamentos não têm dono. Não têm voz. Não se expressam. Imagens abstratas, nomeadas com a linguagem. Cognição...
A cognição fica na minha mente. Processos de cognição embalam meus pensamentos agora.
É viagem.
É verdade.
É pensamento.
É ilusão.

Pensamentos no coletivo


Ou seriam coletivo de pensamentos?
Ou ainda pensamentos coletivos?

Enfim.
Surgiram várias ideias enquanto estive vagando as ruas da cidade, e na falta de oportunidade de postá-los na hora, coloquei-os nos racunhos do celular pra desenvolver depois.
Mas seria um crime desenvolvê-los depois, tirando toda sua pureza.

Talvez eu poupe alguns...

[1]
Desejar esquecer as coisas é saudável. Faz bem. A faculdade de perceber não é a mesma que guarda, ou seja, percepção não memoriza nada. Se assim o fosse, a mensagem seguinte que deveria ser recebida, percebida, seria alterada pela imagem recém-adquirida na última percepção. Guardar coisas na memória não significa ficar relembrando...
Dae, se realidade é percepção [sim, ela disse], posso concluir que memória não é realidade.
De alguma forma isso faz sentido pra mim...
=]

[2]
Eu só queria um abraço agora, e nem precisava ser o seu. poderia ser o de qualquer um, mas por que não o seu?
Detesto concordar com você!
Mas é que na teoria é tão simples cortar o ciume, condenar os outros e tudo o mais. Talvez seja a hora de pagar a minha língua, mas só talvez. Saber eu já sabia, mas aquilo não ficava na minha cabeça, mas não precisava ver também. Durante a viagem, não houve um segundo sequer que eu não fechasse os olhos e visse aquela cena. Pior é não saber se vai ou se fica.
Suas respostas cheias de nada, suas propóstas vazias de tanta promessa, não me sustentam mais.
Suas promessas cheias de futuro não me apetecem mais. Dae fico ouvindo a música que diz que a porta vai estar sempre aberta. Não. Não estará! Não sou nenhum tipo de brinquedo ou programa que fica em standby esperando pela atenção do usuário.
Mas de qualquer forma, detesto concordar com você...

[3]
De todas as coisas, por todas as coisas.
Pelo que disse, pelo que direi.
Digo o que digo,
Faço o que faço.
De tudo que fiz
Pelo simples prazer de dizer oi...

[4]
É que o que se repete com frequência perde o efeito.
Suas falas já não são tão entorpecentes, minhas ideias não me expoem a acessos de euforia.
Conte até cinco, coloque uma vírgula no lugar do ponto e faça diferente...

[5]
Medo de dar a resposta errada

[6]
Certas coisas do passado me invadem os pensamentos de quando em vez.
Ascenar para o carro e me esconder depois. Como se fosse algo que eu fizera de errado. E os gritos estridentes risos dispensados pela correspondência do asceno.
Devia ter usn quatro ou cinco anos.
Era um sinal de apresso pelo desconhecido.
Hoje um menino me ascenou no trânsito, e o que eu retribui?
Nossa.
As vezes custa a vir um pensamento. A falta deles é angustiante, mas a chuva de pensamentos, cara, é loucura!
Não sei, começo a pensar nos termos que uso, de repente altamente inadequados, talvez tão inadequados quanto escrever palavras complexas, cheias de letras, que os meus dedos afoitos pela chuva de ideias insistem em errar.
Não são nem 9 da noite, e sinto que não sairão frases conexas desta vez. Mas e daí?
É tudo só uma introdução do que ainda virá. Hoje!

Fazia muito que eu pensava em como pensar no meio da rua sem perder o meu pensar. E isso acontece muito!
Perder os melhores pensamentos, as ideias mais puras, porque são aquelas que nascem tal como a imaginação, e não temos controle sobre. Pensamentos apenas são. E não importa para mim se são pensamentos ou imaginação, se são coisas diferentes, se são iguais, se um sabemos que não podemos controlar, porque simplesmente acontecem, ou se o outro nos dá a pseudo-impressão de poder controlar.

Mas o que se pode controlar?

Tenho pensado muito nisso: controle.
O que se pode controlar e o que não se pode. E o que se pode, será que realmente podemos?
Novamente penso qual a minha necessidade de controlar, ou qual o medo de ser controlada. Tudo isso no sentido mais ínfimo e mais amplo.

Mas estou falando de pensamento. Tal como a imaginação, não posso controlá-lo! Ele simplesmente vai para onde quer ir. Foge e volta, vem e vai. Tanto faz que me desfaz, me deixa confusa, não me deixa.

Pensar.
Que coisa mais estranha.
Que coisa mais confusa.
Que coisa mais sem nexo.
Que coisa mais espetacular!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009


Superar limites, vencer desfaios, caminhar e não sentir o avanço, nem o retrocesso. Olhar em volta e não ver nada além de nada. Perder o sentido do que se está fazendo. Subir pra que, se nada chega? Se o esforço parece em vão?
Além do mais tem a neblina causada pelo frio e a altura.
Os obstáculos pré-planejados parecem pior do que se programou. Muito pior.

Parece sentir-se sufocado, o ar ficando rarefeito, aos pouquinhos, quase não percebe, mas seu fôlego diminui a cada passo dado.
Não parece que está subindo uma montanha, mas sim descendo um abismo. Sente-se no fundo do poço, não por se sentir mal, não uma sensação ruim. Mas a perda de sentido não é uma sensação boa.
Alguma coisa te faz seguir em frente. Talvez o orgulho, talvez a esperança. Uma força que te faz permanecer no seu caminho tropego, até que do meio do nada, no extremo da descida ao abismo, chega-se ao topo.

E você olha em volta, e percebe que o mato que cresce à sua volta, não é o mesmo mato de metros abaixo, as flores, o cheiro, o ar, que neste momento não importa tanto que esteja rarefeito. Seu suspiro é único, suas sensações são únicas. O passo é mais leve, você é mais leve, contempla à sua volta, tudo é mais bonito. Até mesmo a névoa que encobria seu olhar é mais bonita vista de cima - ela te causa paz.

Então você se lembra qual foi a força que te fez subir, qual o pensamento inicial. E tudo faz sentindo. Talvez mais sentido do que antes. Você sente.
Eis então que é hora de voltar.

sábado, 5 de setembro de 2009


Amanhã cedo viajo, deveria estar arrumando minhas malas, mas a lua está tão bonita e eu estou no computador.
Quanta coisa sem lógica, quanta incoerência, incostância, intolerância.
A vida vai passando lentamente, e eu aqui parada, você aí parado.

Inércia... é... eu me lembro dessa lei. Tudo tende a permanecer em seu estado inicial até que algo, ou alguém imputa alguma força que altere sua constância.

Aliás, a constância... que coisa mais monotoninha pra se praticar gente!
Todos os dias os mesmos horários, os mesmos cardápios, as mesmas pessoas... quem não cansa? Dae vale a importância das aulas de francês, ballet, natação, karatê, flauta doce e a reunião semanal para jogar poker. Realidades diferentes, pessoas diferentes, quebra da monotonia diária. A constância passa a ser semanal. Boa para criar hábitos.

Uma caixa cheia de doces, doces que não se findam. Seus favoritos. Daquele que você poderia comer na medida da unidade de medidas muito extensas (o "pra ca**lho") que não enjoaria. A tal caixa não precisa ser de doces propriamente ditos, pode ser salgados, pessoas, pessoa, sensação, enfim, qualquer coisa que apreciaria. Poderia viver aquela sublimação (de estado sublime, não mudança física) que ela nunca se acabaria. E a emoção de poder acabar a qualquer momento?

Muitas vezes saber que é finito é que dá a graça, o gostinho especial do último gole, por saber que vai acabar e por isso deve ser aproveitado.
Instabilidade dá sentido à vida. Dá graça, equilíbrio.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Droga!
Queria escrever, mas fui achar a foto e acabei perdendo a inspiração. Pequenos detalhes, detalhes que nada contam, contentam ou existam, detalhes capazes de arruinar tudo.
Eu só queria falar da minha vontade de olhar a lua! Fazia uma lua bonita lá fora, mas o medo não me deixou parar no meio da rua, a mercê da sorte para observá-la.

Enfim, cuidado com os detalhes.
Detalhes ínfimos
Pequenos detalhes, detalhes que nem contam.
Detalhes inúteis e desimportantes.
Nada é só um detalhe.
Detalhes fazem a diferença.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009


Só pra constar, algum dia eu cobrei algo de alguém?
Eu exigi algo além do que me podia ser dado?
Não to dizendo que me conformo com pouco, mas pouco pra mim não é bobagem também.

Agora já são 1:15 da manhã, e logo mais devo me encontrar no anatômico para pintar crânios! Eu deveria estar dormindo, mas não consigo. O coração bate apertadinho, e eu sei por que, sei o motivo que o faz bater apertado, mas não sei denominar isso.
Disso tudo, só consigo prever duas coisas (é, eu tenho esse lado que funciona as vezes): surtos egocêntricos e uma noite não dormida, perdida em pensamentos, pensando no passado, presente e futuro.

Realidade é percepção, percepção não é memória, logo memória não é realidade!
Algo viajante, estilo efeito borboleta, mas é verdade. Sempre detestei o filme, por acreditar que se fosse isso possível (mudar o presente reescrevendo o passado) era uma forma covarde de viver. Entendo hoje que mais uma vez estava certo quem me disse - acho que foi um professor de literatura do cursinho - que rejeitamos algo que não compreendemos. É muito mais fácil dizer que o autor, do que quer que seja, é um inútil, viajante, ou tem péssimo gosto, do que admitir que não consegui chegar à mensagem da obra.

Pois bem, percebi hoje, que a partir deste exagero, alguém tentou me provar o que só entenderia quase que exatamente 4 anos mais tarde, depois de uma aula de processos cognitivos: memória não é realidade! Tudo o que é revivido pelo sopro da memória, passa pelo crivo dos nossos desejos, e a eles é subjugado. A forma de trazer à tona determinada situação, pode mudar completamente o mocinho e o bandido, pior: cria ódios que não existem.

Até pouco tempo atrás eu fui vítima da irrealidade da memória, carregava uma ojeriza da mocinha, de um constructo por mim elaborado. Enfim, mesmo percebendo que meu constructo nada tinha lógica existencial, não tive vontade de trocar mais do que duas ou três palavras com ela.

Mas continuo pensando... esse me acompanha há tempos, qual é o meu problema? Qual a minha complexidade? Por que me ponho numa armadura, que me faz ficar longe do coração? As vezes penso que devo dar razão à todas as pessoas que um dia se espantaram ao me ouvir dizer que não me apaixonei, ou poucos arrancaram isso de mim (suspiros de paixão). "Como que uma menina de 19 anos não se apaixonou?!" pfffffffff já ouvi muitas vezes. Ainda estou decidindo se na verdade eu simplesmente separo as coias, ou se realmente o calor da minha mão significa um coração frio.

Não sei... sei que isso tudo me priva de sonhar demais, de correr o risco de cair, e me machucar. Quando eu disse que era forte, que nao deveria sentir-se mal por ser por uma só vez, que isso não me machucaria, não estava mentindo. Muito embora cada vez pense que deveria ser o contrário, ser sozinha me é interessante, talvez conveniente seja a melhor palavra.

Pior que não existe melhor palavra, não há mais o que explicar, nem o que eu queira dizer.
Escritos que fiz na aula de personalidade, que realmente não têm sentido:

[1]
Ser porque te sinto
Ser porque te sou
Viver porque me vivo
Te ver porqeu meus olhos
Você reflexo de mim
Existe porque te desenho
Se do sonho acordar
Não mais existirá.

[2]
Sua verdade é tão persuasiva
Sua mentira é sua verdade
Que convence e toma
Que tira e arranca
Arranca dilacerando
Arranca matando por dentro
Quem me obriga a acreditar?
Quem diz aos outros que assim deve?
Por que fez assim? Por que é assim?
Por que? Por que?
Quando se acredita na verdade de outrém
Quando se espera algo de outro.
A queda dói.
A queda magoa.
Verdade. Verdade sua
Verdade minha
Mentira que é verdade
Verdade que se faz mentira.
É fácil?

domingo, 30 de agosto de 2009

Ela queria fazer uma metáfora original, mas todas as metáforas já tinham sido usadas.
E foi nisso que basicamente eu vim pensando todo o caminho de volta pra casa... Uma metáfora nova, que eu pudesse usar para escrever aqui no blog hoje, pra escrever como sempre escrevo, dizendo tudo, sem falar nada, sem dizer qual é o assunto, sem lembrar dele depois, sem nunguém entender o que é.

Enfim, o que eu pensava enquanto pensei a história da metáfora, foi [ventinho frio entrando pela janela...] em como tenho pensado em finalizar coisas que nem sequer começaram! E o pior: não sou só eu quem tem feito isso! Não sei se é imaginar demais, querer simplificar demais o que não deveria ser tão simplificado - o que não torna a coisa demasiado complexa - [talvez nao tenha ficado suficientemente claro, que quero dizer que é algo simples, que as pessoas tornam complexo para arrumar um jeito de decompor para simplificar - de novo.]

Essas coisas são de fato esquisitas. Mas... poderia eu ter pensado nisso aqui em casa. Foi uma pensação bonita que só pensando pra saber. Entretanto, foi no ônibus, e eu mal pude garranchar a parte da metáfora, pra não esquecer, no meu braço, quanto mais uma reflexão inteira...

sábado, 29 de agosto de 2009

novamente falo de fantasmas.
Não de fantasmas propriamente ditos, mas o comportamento sombrio de fantasmas que vêm assombrar.
Aiiiiiii... complicado explicar o que quero dizer. Complicado falar as coisas de forma coerente. Complicado ser coerente.

Enfim, sempre que resolvo voar, ser livre, respirar. Sempre que resolvo olhar por "detrás" das montanhas, além do horizonte, além do mundinho fechado que me coloquei, vem a sombra do que é, do que foi, do que será, do que seria. Me fazendo pisar no freio e quase desistir.

Como um fantasma que aparece na hora de dormir, e ameaça a paz da criança que arrisca dormir com as luzes apagas. É duro, é cruel, é mesquinho. No fundo, só é.
É o que?
Quem é?
Pra que ser?

Confusão
Medo
Afeição.
Afeto
e devoção.
Estar presente
Estar ausente
Ser o que era, pensar o que seria. Conformação.
Ou seria conformidade?

domingo, 23 de agosto de 2009


Não tenho dó, não tenho peito, não tenho alma.

E quem foi o estúpido que inventou que regras eram necessárias?

Agora estou eu aqui com meu monólogo, tal qual acabei de assistir. Será que alguém me ouve? Me vê? faz que vê e eu finjo que ignoro.

Suspenderam minha carteira.

Aonde está escrito que é proibido rockear?

Aonde está escrita tanta asneira que tenho que engolir? Essa merda de igualdade desigual! Ter que ver tanta gente estúpida dizer coisas absurdas, e ter que contra-argumentarquando a mulher chama o marido de "bosta" porque ela que sustenta o lar, que este não era seu papel. Então, porra! por que que essas "Amélias-modelo" não fizeram nada quando as tais feministas foram pra rua queimar sutiã?

Porque não foram lá reinvidicar o papel de dona-do-lar, e deixar as vagas de emprego para os maridos proverem a casa?

Não, minha revolta não é a respeito do mercado de trabalho estar como estar e nem protesto contra nem a favor daquelas que inventaram que mulher deveria trabalhar, nem contra as que acham que podem diminuir seus pobres maridos porque estes não têm emprego.

Minha revolta firma-se nas pessoas que não sabem o que querem, que não medem suas decisões, que nunca estão satisfeitas com nada, e por tudo querem reclamar.

Pra que reclamar de tudo? Não basta ver a vida de forma simples como enxerga uma criança?

sábado, 22 de agosto de 2009


por que teimas?
Teima em fugir, em voltar e seguir.
Teima em ser, em ficar e fingir.
és o que é, o que sente, o que pensa, o que fala.
és porque assim quer, porque se não não seria.
Apenas faria.
Faria o que pensa, o que dura o minuto
o minuto de ser, de pensar e agir.
Agir por razão, emoção, pela ação.
Ato falho, burro, sem sentido, sem demora
demora faz a hora, faz a angústia, faz você
Você que lê, que dorme, que sonha.
Que imagina, que fala e se cala.
Cala por medo ou concordância.
Falta de arguento.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Quanto vale uma vida?



É... geralmente a gente cresce ouvindo que a vida é o bem mais precioso e etc, que ela vale muito, eu sei, mas que precisa pagar por ela... faça-me o favor!
Não vou a um armarinho e compro 30 cm de vida, nem 300 mg de sobrevida no armazém.
Vida não tem preço, porque não se pode comprar algo que não se vende.

Aí aproveitam para vender saúde, porque saúde você pode comprar - pelo menos os artifícios para!
Só que não vendem direito. Cobram caro e não te servem. De que vale isso afinal?
Oo

Passar o dia na ala de pronto socorro de um hospital particular, tendo que pagar a vista todos os procedimentos e ter que ouvir a pessoa que você está acompanhando dizer "eu to pagando pra cuidarem de mim, e não cuidam", realmente é revoltante.

Pior de tudo, é depois de uma tarde e uma noite inteira no hospital, não terem nem ideia do que seja, simplesmente porque o médico não deu o ar da graça em seu leito.

Tamofu mesmo!
¬¬

terça-feira, 18 de agosto de 2009


Nem era muito tarde, e eu já retornava ao meu lar.
Nem era muito tarde, mas a rua estava deserta.
No caminho, a rua escura, um orelhão, um ônibus, um homem e o medo.

Apertei forte a mão no bolso. O ônibus partiu levando consigo o homem. Olhei para cima, procurando a lua cheia: era um sinal. Não tinha lua - o que aumentava mais a escuridão.

Olhei para dentro do beco antes de passar - como de costume - não havia nignuém, na volta do olhar na direção do avanço, eis o primeiro susto: um homem salta do caminhão bem a minha frente! Era apenas o gari. Impressionante como não senti o fétido cheiro dos restos humanos antes do susto...

Continuei subindo, subindo e pensando, pensamentos alheios, aleatórios, soltos, abstratos. A rua permanecia vazia, e a árvore aumentava a escuridão do meu caminho. Ouvi risos. Assustada, olhei em volta. Homens comemoravam o fim do dia no boteco.

Aliás, nunca experimentei aquele boteco em frente a minha casa. Somente mais uma observação importante estilo professor de matemática.
E se alguma coisa não se encaixar, a culpa é do Dante! Aquele macarrão...
Há tempos que escrevo pra me libertar, tempos porém que não me liberto, não escrevo, não penso de mim, paro tudo.
Talvez aliás, tenho pensado demais de mim pouco em mim.

Pra bom entendedor, faz diferença, eu penso e sei a diferença, e quero que ela faça diferença na vida minha.
Nada tem mudado muito afinal.

Os acasos continuam se dando, os erros, os enganos, as coincidências.
Mudam os personagens, a atriz principal permanece, mesmo não sendo ela muito boa de interpretação. É estranho se parar pra perceber o ciclo das coisas... numa mesma vida, num mesmo curto espaço que se delimita o tempo, tanta coisa se repete, tanta coisa é, tantas deixam de ser para darem lugar às mesmas fajutas repetições.

Tudo se compõe e se decompõe, frase da música do Paulinho Moska, que traz justamente essa capacidade de não-ser daquilo que é, no sentido de mudança, poder tranformar o acontecimento passado no ar da euforia de algo novo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A Sutileza das Observações


Observar os seus passos
ver o que se passa
Em você tudo passa
Passam dias, horas passam
Os mundos se vão, nada passa
É o presente, o futuro e o passado
Passando observo
Te vejo e te observo
Na vida, observação de todas observações
De tudo que passa
De tudo que observo
É você que observo que não passa.

A Sutileza das Observações

terça-feira, 28 de julho de 2009

o milagre que esperei, nunca me aconteceu...
quem sabe só você pra trazer o que já é meu.

domingo, 19 de julho de 2009

To triste, e o colo que me abraça não pode me abraçar...
Trash demais isso, e só queria registrar.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Distância de um clique


Sei lá... depois de algum tempo me deu vontade de escrever...
Após alguns meses escevendo sempre, me acostumei com a facilidade de um clique...
Estava discutindo com um amigo outro dia, na praticidade que é, apegar-se a alguém, sem ao menos apegar-se, estar ali todo dia, ao mesmo tempo não estando... imaginando... sonhando ou não com o irreal, com o improvável, com o palpável, com o que pode vir a ser. Que você sabe que é NADA!

Aí vem a graça... quanto mais sozinho se faz, quando mais sozinho se busca, mais frio, mais distante e mais perto, mais é eficiente a ligação.
É alguém que tem um bom papo, que ensina novas coisas, que faz boa companhia. Pode ser alguém, pode ser alguéns... O importante é que naquele momento você está acompanhado. Acompanhado de ninguém!

Ou tentarás me convencer que já saiu para tomar sorvete com uma máquina!?

Falando em sorvete... senti vontade de tomar sorvete com alguém. Amanhã é dia de promoção na sorveteria, mas falta quem convidar, afinal, estou tão próxima de ninguéns, tão afastada de pessoas *que dramático*, enfim! Espera-se o celular tocar, alguém falar: "sorvete?" e alguém responder: "que horas? =]"

sábado, 6 de junho de 2009

Já tenho medo de pensar e gerenciar o que há de vir.
Talvez já esteja demasiado dependente do devir, mas quem há para dizer?
Quem domina o passado, o presente e o futuro, que possa me dar a certeza de um viver tranquilo e feliz?
Só o que me dizem é para ter calma e paciência, no entento, já cansei de esperar.
E esperava cansar.
Mas coisas não passam e fatos não mudam.
O mundo continua girando, mesmo que a gente pare.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Agora que eu entendo o tal do ato falho, compreendo porque a remota semelhança me trazia tanta confusão e me responde porque eu sempre trocava o nome de um, mas nunca o do outro...
só não entendo por que que mesmo inconscientemente eu não queria encontrar o amigo, que de fato era meu amigo...
Será que me amiguei só pela semelhança reforçada por inúmeras seuqências de atos falhos?
Oo

Segundo post [seguido] sobre o mesmo passado... coisa estranha.
Mas sei que não me quer dizer nada no presente ou futuro...
Aliás, estes dois já estão confusos demais para mim... ;~

sábado, 23 de maio de 2009

Eu perdi a foto ou a foto se perdeu de mim?
Foi o momento que já passou e por um instante não quis mais lembrar, voltando a um momento de loucura e insanidade no qual queimei o arquivo digital, ou em algum lugar ainda ela reside, fato do meu passado, apagado no meu presente, inexistente no meu futuro.

Estranho... é o mesmo passado que eu não nego, mas tento esquecer, embora o que quer que aconteça, será um nada para mim, agora ou daqui a cinco minutos, mas era recordação de um momento estranhamente feliz [no momento em que aconteceu], que me fez feliz, e era uma lembrança, uma prova obscura de um passado que não me pertence que eu queria ter pra mim de volta. Só a prova, não o passado.

Passado que é passado é feito pedra, que imóvel fica onde estava, e como diria o poeta, que fique no meio do caminho.

Meio do caminho, início e fim.

terça-feira, 19 de maio de 2009

aaaaaaaaaaiiii
como as pessoas são falsas..
¬¬

Não Adianta Chorar


"Por esse caminho você vai tropeçar, mas siga em frente!

Não adianta chorar, se descabelar, achar que é o fim!
O mundo não vai acabar, não sem me avisar, não vai ser assim!
E eu não vou poder reclamar, se o mundo inventa de não me avisar! - Eu sei!"
(Não adianta chorar - bidê ou balde)



E eu nem tenho um velho do bar pra me dar esses conselhos...
Mas sabe quando a gente cansa de tudo, dos outros o tempo todo só cobrando, e cobrando, sem ao menos te escutar e coisa e tal?

Ou simplesmente não deixam em paz, pisam, tripudiam, vilipendiam, e eu fraca, não tenho força pra lutar contra, pra dizer um "basta! Não é isso que eu quero, essa não sou eu, mesmo que defeituosa assim, eu sou diferente, gosto disso!"

As vezes penso que essa fraqueza é boa por evitar brigas que me machucam, mas de qualquer forma eu saio machucada, e no fim, não adianta chorar, mas eu choro, porque isso é outra coisa que eu não aprendo... por que que essas coisas são tão difíceis?

Reclamam quando eu não faço, mas não valorizam quando eu faço, quando me mato pra fazer... Assim é muito fácil conviver com a palhaça aqui... tenta fazer tudo certo sempre, pra agradar, mas na hora de um "muito obrigado", ou qualquer coisa, pfffffffff... deixa pra lá. Dae quando aparece alguém que valoriza, eu me empenho pra fazer mais e agradar, é uma coisa que eu gosto, (olha, eu sou assim!) vem uma âncora e diz que eu sou boba que ninguém retribui, que ninguém vai fazer o mesmo por mim e me tira o chão. Porra, não vê que isso machuca?

Mas por mais que machuque, é verdade... as vezes eu me pergunto onde está o "pode contar comigo" de certas pessoas... será que o ir de encontro sempre tem que vir de mim? Eu só queria que as pessoas me procurassem as vezes também, que provassem a importância que as palavras dizem que eu tenho...

As vezes penso que em prol das pessoas, eu estou perdendo minha identidade, mas será que minha identidade não é me perder pelos outros?

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Agora sei a liberdade que esperei ter com o notebook aquiiii
/o///

Viva o meu quartoooo
Falta agora só o frigobar e a fogão de acampamento... hohoho

Eu sei fazer poemas?

Desde sempre
Quando e tanto
Lá, aqui
Se bem que...

Espere! Aguarde...
Só mais cinco minutinhos
Não pense

As interferências
Desde que vejo
sempre quando e tanto
Não se pode ver.

oO
Mas é claro que não vim terminar o outro post...
Alguém duvidava?
ú.u

sexta-feira, 17 de abril de 2009

É... percebi agora como as coisas na minha vida andam incompletas...
Isso no sentido de deixar algo por fazer, terminar. Não no sentido de falta alguma coisa.
É mais profundo, talvez até pior.
Aquele joguinho com pessoas, projetos que iniciam-se, param na metade e regridem, e o pior de todos, param na mente.

Aí que tá, parar na mente, grande desperdício talvez. Muita coisa boa poderia sair dela e ser compartilhado, muito espaço liberado, novas criações que talvez o mundo precise. Ou talvez o mundo não precise de novas criações... quem sabe do que o mundo está precisando? O que na verdade nós estamos precisando?

Sabe, tem muito tempo que estou pensando em fazer um post [que por um acaso não é este], com a seguinte ideia "cada um de nós imerso em sua própria arrogância esperando por um pouco de afeição"... ah... vá lá! Falarei sobre ele agora, o que não impede de falar depois, mas caso não fale, menos uma coisa que deixei por fazer.

O que de fato é, é que de uns tempos pra cá tenho percebido pequenos fatos superficiais que não têm levado a muitos lugares não, maaaas...
Há amigos e amigos. Isso todo mundo sabe. Mas tem amigo que só serve pra ouvir, outro só pra ser ouvido.
Vejo pessoas ao meu redor que dividem seu tempo em duas ocasiões: "estou ocupado demais agora pra te ouvir" e "preciso te contar qualquer coisa sobre qualquer assunto que te contei nos últimos sete dias", enquanto do outro lado, a outra pessoa, sedenta por atenção contenta-se em "ser lembrada para mais um desabafo"...

Claro que já estive do lado do ouvidor, mas não é um tapa na cara dos outros, é na minha própria face. Aquela que eu nunca vi, só senti, ouvi falar e vi umas e outras imagens. Bofeteio-me por lembrar das amigas que fiz de ouvinte, sem dar-lhes o zelo merecido, sem compartilhar a alegria do outro, por mais que isso me agradasse de verdade.

Agora, contribuindo com o processo de arrogância no qual as pessoass sem inserem, decidi usar da lei da reciprocidade, mas é claro que não tem dado certo.

Bom, disse que não terminaria, meus olhos estão fechando e quero não domir em cima do comupator, então, quando eu voltar, voltei! o/

sábado, 7 de março de 2009


Insônia, nada acontece por acaso, pagar a língua, desencantar?

Até que enfim um post direto do forno, finalidade do notebook.

Geralmente as situações passam e eu tenho dificuldades de encaixar o contexto da situação, ao reler post antigos, espero que logo isso ocorra também com este...

Há... tem o lance de que quem procura acha.
Procurei, apareceu por acaso ou qual foi o fim?
Fazendo muito drama pra pensar.
Frases desconexas.
Zero em redação.
Pelo menos tem pontuação.
[e uma rima falsa pra enganar]

Nem tudo é fácil, muito menos mar de rosas.
É bom preferir o certo do que o duvidoso, mas e se o certo não existir?

É tudo fruto da minha mente, tudo que se passa eu simplesmente criei.
[pensamentos perversos me invadem, mas eu não sou perversa assim]

Questiono-me enquanto gritam na rua, mas são 3h... quem grita?
Bêbado? Alguém que precisa de ajuda? Um bêbado que precisa de ajuda? Mas um bêbado é um alguém.

Volto a ficção que criei, devo culpa alguém por minhas fantasias? Faltou pé no chão e sobrou cabeça nas estrelas?
Parece até que levei um puta tombo... haha nem foi.
Quer dizer... tombei, mas não causou dor de cotovelo não... =)

Bom... nem por isso a vida vai deixar de ser divertida. Divertir-me-ei com ela e com o que mais puder.
Sorvete?
o/

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Das mudanças repentinas


E de repente tudo mudou.
Começou com a gramática sabe, tá... fora anteriormente planejada e discutida - e poe discutida nisso! - mas assim... era uma coisa, coisa que eu aprendi, e agora terei de aprender de novo e nem sei o que devo aprender... ainda bem que sempre gostei de aprender a minha língua, e que eu falo (falava) o Português do Brasil, agora só português.

Mas de repente também eu viajei... Viajei e fiquei!
Cara... eu me lembro quando foi a última vez que fiz uma viagem de mais de quatro dias...
Meu biso ainda era vivo e foi a última vez que vi meus primos de São Paulo juntos. E isso manda aí quatro anos.

Isso me fez pensar em como o tempo passa rápido.
Sempre tão acostumada com a presença lendária do biso e já se passaram quase cinco anos...
Mas... completou-se o ciclo de vida dele né... Deus queira que eu tenha a honra de conhecer meus bisnetos também. Isso é, caso venha a ter filhos um dia. =D

De repente eu não faria pré-vest nunca mais, e seria aluna de gastronomia, depois de gastronomia e psicologia e por fim, aluna de psicologia na UFES.
Por algum motivo, nem comecei a estudar ainda e já estou toda me engajando no círculo estudantil, planejando viagens e tudo o mais...

De repente ainda me caiu a ficha de que nunca fiz posts tão "comoestãomeusdias.com" mas fazer o que... não to muito a fim de falar coisas que ocupam minha mente de forma que no futuro nem eu entenda...

E mais! Planejo postar coisas escritas em papéis, coisas beeeem velhas, mas não sei quando quererei fazer isso.
E mais... penso em cancelar este blog e fazer uma nova campanha. o/

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Abrir a realidade, expor os fatos, impor os limites...
é... hoje foi dia de por a mostra os meus limites. Limitei-me a assumir que não sou super, que apesar de o tempo ser uma grandeza relativa, não é tão "extensível" assim.

Se não me cuidar, se pegar mais do que posso, provável que sofrerei a ira do tempo (ou da falta dele)... isso me fez desistir da outra faculdade...
Com o tempo, se der tempo, eu volto a pensar nela outra vez... quando tudo tiver calma...

Ah... o dia pediu mais limites do que minhas limitações! Limitei o tempo, limitei o espaço, limitei o pensamento, limitei o futuro.
Mas expandi as possibilidades de um futuro certo. E pá!

Fim das contas, nem sempre limitar o futuro é fator que impede a ampliação do horizonte, o que se vê para o amanhã, o que a vida será.

Entende?

domingo, 8 de fevereiro de 2009


Dezembro acabou, passou janeiro e mais uma vez eu sumi.
Nem vou colocar a culpa na vida da nova universitária da família, mas a menina que gozou férias depois de um bom tempo deve ser dispensada de muitos comentários...

Geralmente quando volta-se de férias ficam pelo ar muitas histórias para contar, muitas experiências, sustos..
Eu tenho histórias pra contar. Mas não tenho a menor vontade de compartilhá-las aqui...
Não agora.

Ah vá... ok.
Férias parte I:
Curti a pequena ilha com os amigos de muuuito (ou pouco) tempo. Barzinhos, etc, e tal.

Férias parte II:
Quatro dias de viagem se tornaram vinte dias fora de casa. MARA!
Sorte que mala de quatro dias pra mim são para pelo menos dez dias pra uma pessoa normal. Mas sim, eu só usei roupas limpas, a casa da minha vó tem espaço para lavar roupas, dãããã.
Curti primas. Tão maciiiiiiiiiiiiiiias...
Curti a cidade um pouco também...
Mas continuo perguntando: "Você se sente com mais apetite vendo a CSN soltar fumaça?"

Viajar à disposição é divino. Aproveitei e [re]conheci lugares lindos que ficaram escondidos...
Conheci um gaúcho com sotaqueee! *-*

Férias parte III - O retorno:
Casa... ócio, tédio. Afinal de contas, férias também é (são??) isso! (y)
Resultado da UFES... aprovada! (sentimento maravilhoso). Conhecer veteranos e colegas de sala, casa da praia, trote em família, banho gelado pra tirar o trigo. Bebemorar.
Festa oferecida pelos veteranos.

Cancelar a outra matrícula...
Chegar à conclusão de que não me será possível fazer duas faculdades ao mesmo tempo... triste. Mas fazer o que né... um sonho quando é apenas sonho parece possível... é assim como um conto de fadas.

A gente confabula, pensa nos obstáculos, na correria, na falta de tempo, pensa que tudo vai ser doloroso no início, no meio e no fim, mas pensamos em DUAS festas de formatura, um emprego bacana ao terminar o primeiro curso, de duração de apenas dois anos, nos amigos, nas oportunidades que a situação ofereceria.

Quando o sonho torna-se apto a ser realidade, é que começamos a perceber que os sacrifícios dolorosos são mais dolorosos do que imaginamos, que o desejo não barra os fatos, e que humanamente eu piraria logo.
Meu breve sonho de uma faculdade de dois anos adiar-se-ão por pelo menos cinco.

Durante este tempo, eu amadureço, reflito, pondero (acho que no fim são verdos similares), e quem sabe eu faça uma escolha acertada né... =)

Por enquanto é só curtir a vida, a faculdade e a juventude. o/

Até esqueci do resto que continuaria a dizer, mas tá esquecido.