sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Princípio da insônia

Tem horas que o correto a ser feito é ir dormir, mas simplesmente quero ficar mais e mais acordada. Não sei pra quê! Se fico parada, olhando pro nada, pensando em pensar em nada, não seria melhor estar tentando sonhar? E se for pra sonhar, não seria melhor sonhar dormindo do que sonhar acordada?

Talvez fosse melhor viver enquanto se estar acordada. Deixar pra imaginar quando se está repousando. Mas é um não sei o que, uma talvez vontade tanta de viver que dormir seria um desperdício.

Me lembrei agora dos medos que a noite traz, que a noite trai. Esse silêncio, que faz com que o barulho do teclado seja tão forte e claro quanto o som do rock que ponho durante o dia para suprimir os barulhos dos carros que teimam em passar correndo, levando o tempo e tudo mais que desejam. Essa falta de movimento, que faz com que um simples digitar vire uma tarefa tão ágil, e parece tão produtivo o produzir de quatro linhas vãs.

O mínimo vira o máximo. O inseto pequeno quadruplica seu tamanho na sombra que faz na parede, e assusta a criança que fui. O carro que passa apressado na rua, traz uma luz passageira para o funco do meu quarto, numa brincadeira que quase é gostosa, mas o vento move a cortina, e acumula sons desnecessários (e amedrontadores). A menina perde o sono no medo, aquele medo que a deixa presa na cama temendo tudo o que não conhece (e que nem morta deseja conhecer).

Parece um absurdo estar acordada enquanto todos dormem (mais absurdo é estar escrevendo da cozinha). Mas estou aqui, com preguiça de dormir, sem querer conhecer mais nada, porque por hoje já está bom. Mas quem sabe, o final daquele livro?

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ser virtuosa...
É uma tarefa meio complicada, essa...

sábado, 24 de dezembro de 2011

Eu queria que fosse a coisa mais bela e pura que eu já vi passar. E que desta vez não passaria.
Ah... eu estava disposta a não fazer passar. Fosse talvez a coisa que eu mais quisera. Fosse talvez o que aconteceria...
Já é noite, já é tarde, já é muito tarde, e não sei o que passou. Fico parada, olhando no tempo pra entender o que passou; e porque passou... É sério. Não entendo o que eu vi, ou o que deixei de ver.

Mas era de uma beleza tal que era inimaginável outra igual. Um herói, mocinho, sonho, miolinho do pão. A fruta da minha salada, o cheiro no travesseiro. Era tudo...

Fosse talvez o destino. Fosse talvez o coração. Fosse talvez um descaso ou um acaso. Fosse talvez eu.

domingo, 11 de dezembro de 2011

O tempo

O tempo passa
Passa-tempo
Passa hora
Passa dia
Durmo as horas
Durmo o tempo
Durmo os dias
Apressada as horas
Que apressa o tempo
Que apressa o dia
Que voa dia
Mais que voa o tempo
Que leva as horas
E não mais sobre dia
Não tem mais tempo
Não tem hora
E não tem fim.

domingo, 13 de novembro de 2011

Domingo a noite

Silêncios, sussurros e um grito.
Um grito dado com vontade, dado pra dentro.
Uma raiva.
Duas... três.
A partir da quarta, já não faz mais diferença.
Mas quarta não é dia.
É uma pausa, um respiro. Um sussuro... e um novo grito.
Sem janelas, sem testemunhas, sem um abafador.
Sem graça e sem motivo, um gritinho sussurante calou o meu ouvido.
Oh, céus! Ninguém pode calar um ouvido.
Pois bem, que seja minha garganta então.
Só sei que com isso, nunca mais me ouvi.

domingo, 30 de outubro de 2011

Sobre dúvidas e silêncios

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Do que não se pergunta na escola

Quanto silêncio cabe em uma palavra?
Quantos significados cabe em um silêncio?

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Múltiplas personalidades

Se eu pudesse viver uma só vida de cada vez, eu viveria.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Soluções

Quisera eu me perder de mim.
Ai eu te encontrei.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Nota de rodapé





E o mais importante disso tudo é que ninguém nota.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Hoje eu sou a menina triste.
É impressionante como um fato é capaz de mudar toda uma vida, e é pior ainda pensar que a mudança que é causada nessa sua vida, é um tico, quando comparada ao sofrimento de quem realmente sofre...
É... eu sei que me impressiono muito fácil, muito sempre, com muito nada. Me impressiono com a falta de objetividade, com a falta de comprometimento, com a cara-de-pau dos políticos, com a cara-de-pau da população em geral, com o que disse um professor em sala de aula, e até com o que ele não disse.

É... essa sou eu. Mas cá pra nós, eu tenho esse direito né?

Mas deixa pra lá, o foco hoje não é meu direito, não é meu impressionismo.

É simplesmente que hoje eu sou a menina triste. E dane-se as estatísticas!
É a minha família, é a minha individualidade, é aquilo que eu disse de mais precioso, é a palavra, a honra...

Eu estou triste. Muito triste. E nada mais pode ser feito.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Das definições do tempo

Quem disse que o tempo passou?
Ou melhor, quem disse que ele parou?

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A menina triste

Eu queria escrever sobre uma menina triste...
Sempre tive esse desejo, mas nunca quis fazer um auto-retrato. E é por isso que não escrevo também agora.
Não que eu seja a menina triste, não sou. Mas ao mesmo tempo, somos um pedacinho de cada personagem que criamos. A moça na sala de espera, o corpo, o negociador de almas, o estranho, o amante e o amado, Melissa, e tantas coisas mais, que eu nem sei quem fui.
Mas não quero ser a menina triste.

Hoje vi sorrisos nos lábios de quem não mentia com os olhos. Tinha um brilho de tristeza naquelas jabuticabas, e eu sei como é isso.
Não que tenha sido eu ao me olhar pelo espelho, mas já me vi assim, já me senti assim.

Hoje não é um dia frio, mas está longe de ser quente.
Hoje é um dia que eu podia estar sorrindo, mas não vou chorar.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Negociador de almas

Ei,
Um segundo da sua atenção, por favor?
Um pedaço da sua alma...
É que eu quero levar de recordação.
Não. Não se assuste. Não saia correndo, e pelo amor de Deus, não chame a polícia.
Ela deve estar de ocupando de casos mais graves que esses, e se te importuno, é por um instante.
Boa noite, minha senhora, boa noite meu senhor, vocês têm uma linda menina.
Não me leve a mal.
Não quero o seu colar.
Não quero o que tem em sua carteira.
Só quero o seu olhar.
Vou pegar um pedaço da sua alma,
Fique tranquilo, não vai doer.
Olhe para mim...
Não tenha medo.
Posso por outra no lugar. É isso que você quer?
Eu posso reparar o dano que fiz em sua alma.
Posso fazer com que não se lembre de mim.
É isso mesmo que você quer?
Mas ora, vamos. Pare de chorar!
Não estou lhe furtando, não estou lhe maltratando, só estou pedindo um pedido sengelo.
Se te devoro, me perdoe, o trago que eu trouxe não tem intenção de machucar.
Olhe para mim...
Não me negues. Não te negues.
O que você tem a perder?
Vais ganhar uma alma nova, e nem vai se lembrar de nada.
Eu não te obriguei vir até aqui.
Agora deixe-me arrancar um pedacinho... já posso sentir o sabor.
Tá quase lá, quase pronto, finalmente.
Muito obrigado pelo pedaço de si. Meu pedaço ficou muito bom em você.
Agora deixe-me ver...
De tudo logo vai esquecer.
Oh sim, não vai perceber o que mudou.
Não, ninguém pode ver. E de qualquer forma, está aí desde criancinha, você não se lembra? (gestos)
Pronto.
Está livre para partir.
Não se esqueça de me indicar aos seus amigos.
Volte quando se lembrar.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Para uma pessoa especial

Ei,
Não espere a luz apagar para dizer o quanto ama.
A luz pode ser esquecida acesa ou queimar de repente.
Não me espere ir dormir para me abraçar
Eu posso ver você dormir primeiro.
Não espere acordar para me dar um bom dia
De repente, o maior desejo é ter uma boa noite.
Não desperdice bons momentos por causa da louça suja
Ou da casa suja, ou por uma companhia que não leva a nada
O tempo passa, e a gente percebe que o amor que mais queríamos
Não veio, não veio e faltou novamente
Enqunato outro foi sacrificado. E eu pergunto, pra que? Dá pra ver o passado, e sentir o presente. Dá pra sentir que não se sente o que queria sentir.
É triste.
Eu queria chegar perto e falar perto. Conversar mais que um questionário. Eu queria saber mais sobre você, te dar um beijo de boa noite e te abraçar antes de dormir, para ter uma noite mais tranquila. Eu queria esperar você dormir para fazer o que não é da sua conta sem afligir você. Mas eu não queria que dormir fosse sua obrigação.
O tempo passa...
Certas coisas não se curam
Certos caminhos já não tem mais volta, porque a ponte quebrou. E ai, precisa caminhar, caminhar, caminhar, longe, dar uma volta enorme - talvez nadar um rio - para chegar aonde você parou.
Ninguém é insubstituível.
Ninguém é obrigado a amar ninguém.
E vínculos não servem de nada.
Mas eu não quero substituir você. E eu quero te amar. Aliás, eu sempre te amei, num amor tão puro que não sabia amar direito, numa carência de amor, de um amor que não se preenche, que busca num vazio, que quer ser cheio. Mas meu amor não é conveniência, não é de papel e não cabe num papel - mesmo que o papel não seja um papel.
De volta ao vazio...
Saiba que as vezes um vazio me consome, e quando some, eu penso em você. Eu vejo que não se parece nada comigo, mas no fundo, somos iguais. Somos preenchidos pelo mesmo vazio, mas o meu vazio é diferente. Sinto que me deixei esvaziar.
Não!
Não se deixe esvaziar.
Não faça do tempo seu vilão.
Não espere as folhas tocarem o chão.
O quintal já não é tão bonito quanto antes... faltam as flores, a terra, a falta de lembranças, falta a água, a mangueira, o barro. Faltam as crianças e o velho. Ah... o velho... meu querido velho. Sinto falta do respeito, disfarçado de medo, do beijo na mão e essas coisas que sei que nunca mais poderei fazer.
É que este é um tipo de caminho que não tem mais volta.
Mas nessa estrada tinha você.
Talvez não dê para fazer a volta inteira, mas um novo atalho pode ser tentado, nem que pra isso, tenhamos que ter um novo destino.
:)




Pessoa especial, muitas vezes, pensei em você de verdade, noutras, me usei da licença poética, mas no fundo, nunca me esqueci de você...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Instalando o SPSS

Blé, meu blog nem é lugar disso, mas um passo-a-passo ilustrado, pra instalar o SPSS...

Bom, depois de localizar o arquivo "setup.exe", execute.

Ai quando a barrinha verde do setup terminar de carregar, vai aparecer a seguinte telinha, verifique se você escolheu a opção "single user license" e clique em "next".

Quando pedir o serial, escreva "no serial number" e clique em "next"

Antes de finalizar a instalação, certifique-se de que desmarcou a opção "Register with spss.com", vai aparecer uma tela para autenticar o produto, finja que nem  é com você e feche-a.

NÃO ABRA O SPSS AINDA!!!
Ai volta lá naquela pastinha principal, que tem as pastas setup e EQX, abra a "EQX", e cole na pasta SPSSinc, lá em arquivos de programas no drive (C).
Vai aparecer uma janelinha, dizendo que aqueles arquivos já existem, diga que você deseja substitui-los.
Agora sim, abra o SPSS e seja feliz com as estatísticas.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Nada mais piegas, nada mais que caiba tão bem no dia de hoje.
A poetiza está de férias, espero que logo volte, espero que a moça que aqui escreve volte logo, poetiza ou não.
Mas hoje, faço uso da poesia alheira.

Príncipe Brilhante - Geraldo Azevedo
 
Príncipe do sol
Me dá um beijo
Na tua boca
Cor de maça
Romã D'Angola
Flor do Caribe
Do xique-xique
Do cabotã
Príncipe brilhante
Corpo moreno
Tu és ciúme
És feitiço
És o mar
Eu sou aquela
Aquela menina
Laço de fita
Sabor de mel
De qualquer maneira
Eu pinto o sete
Eu sou a Diana, moreno
Eu quero é cantar

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sala de Espera














E nunca mais o vi.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Tempo (em 26/08/2010)

O tempo, meu amor
Por favor, não o desperdice
Não deixe passar, meu amor
O tempo que nos resta.
A noite é dos amantes
E o sol já vem.

O tempo, meu amor
Não o deixe passar
Eu lhe peço, meu amor
Guarde o tempo para nós.
O futuro é incerto
E o presente nos tem.

O tempo, meu amor
Aproveite-o, por favor
Acompanhe-me, meu amor
Faz um dia bonito que lá fora.
A manhã protege
O que a noite amedrontou.

O tempo, meu amor
Não deixe que nos separe
Se tem que ir, meu amor
Não esqueça de voltar.
Se amanhã eu acordar sozinha
Eu posso não lembrar.

O tempo, meu amor
Agora falta pouco
Espere, por favor
Logo logo o tempo acaba.
E a saudade que nos mata
Não será mais nada.