Estou me recompondo
Pra ver se me escrevo
Pra ver se me acho
Estou me compondo
Pra ver se me apago
Pra ver se me escondo
Estou recompondo
Pra ver se fica
Pra ver se cola
Estou compondo
Pra ver se volta
Pra ver se solta
Recomponho
Pra ver se acerta
Pra ver se fica perfeito
Componho
Pra ver se erra
Pra ver se fica torto
Então decomponho
Pra ver se começo tudo de novo.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Quando me perco
Cinco minutos que se dorme a mais
Um momento que se deixa passar
Não volta. Não se recupera.
E de repente tudo se perde
E é quando me perco de mim...
Por que sempre acontece comigo?
Por que sempre me perco?
Por que sempre perco?
Por que tudo se perde de mim?
Coisa pouca.
Coisa pouca é muita coisa!
Definitivamente, eu detesto perder coisas
Definitivamente, eu detesto perder você.
* Desenho feito por Pedro Larroza
Um momento que se deixa passar
Não volta. Não se recupera.
E de repente tudo se perde
E é quando me perco de mim...
Por que sempre acontece comigo?
Por que sempre me perco?
Por que sempre perco?
Por que tudo se perde de mim?
Coisa pouca.
Coisa pouca é muita coisa!
Definitivamente, eu detesto perder coisas
Definitivamente, eu detesto perder você.
* Desenho feito por Pedro Larroza
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Então seus olhos encheram-se de lágrimas, mas ela não permitiu-se chorar.
Olhou para os lados, olhou para cima, olhou para si.
Pensou em tudo que a avó lhe ensinara sobre sorrir na sala e chorar no quarto. Mas a vontade era agora, ali mesmo, na frente dos seus, na frente dos outros. No quarto o sangue já estaria frio e ela apenas choraria por pena de si.
De repente, chorar por pena de si não parecia tão ruim. Talvez ela até merecesse, juntamente com o choro de milhões, com as velas de mil almas caridosas. Talvez somente suas lágrimas, seus pesares, seus pensares.
Mas chorar parada, ali mesmo, ainda era uma opção. Tentou ser razoável, tentou não pensar, Tentou até sorrir, mas definitivamente, sorrir não era opção.
Olhou em volta novamente, enfiou as mãos em um dos bolsos e sacou seus fones. Colocou-os nos ouvidos e seguiu ouvindo a música. Com certeza não fora a canção mais alegre de sua vida, mas ela ouviu e seguiu com resiliência.
A menina colocou os fones no ouvido e esqueceu-se do mundo. Não reparou no sinal que estava aberto, não reparou na criança chorando, nem no sorvete derretido no chão. Não reparou a nova construção, no homem a gritar seu nome.
Reparou apenas em si. Permitiu que a música invadisse seu corpo, sua alma, seus pensamentos. Seguiu, e então sorriu.
Olhou para os lados, olhou para cima, olhou para si.
Pensou em tudo que a avó lhe ensinara sobre sorrir na sala e chorar no quarto. Mas a vontade era agora, ali mesmo, na frente dos seus, na frente dos outros. No quarto o sangue já estaria frio e ela apenas choraria por pena de si.
De repente, chorar por pena de si não parecia tão ruim. Talvez ela até merecesse, juntamente com o choro de milhões, com as velas de mil almas caridosas. Talvez somente suas lágrimas, seus pesares, seus pensares.
Mas chorar parada, ali mesmo, ainda era uma opção. Tentou ser razoável, tentou não pensar, Tentou até sorrir, mas definitivamente, sorrir não era opção.
Olhou em volta novamente, enfiou as mãos em um dos bolsos e sacou seus fones. Colocou-os nos ouvidos e seguiu ouvindo a música. Com certeza não fora a canção mais alegre de sua vida, mas ela ouviu e seguiu com resiliência.
A menina colocou os fones no ouvido e esqueceu-se do mundo. Não reparou no sinal que estava aberto, não reparou na criança chorando, nem no sorvete derretido no chão. Não reparou a nova construção, no homem a gritar seu nome.
Reparou apenas em si. Permitiu que a música invadisse seu corpo, sua alma, seus pensamentos. Seguiu, e então sorriu.
O que me pedes
Teus cabelos pedem alento
Teus olhos pedem meu olhar atento
E eu, atendo
Tua fala pede atenção
Teu sorriso pede resposta
E eu, respondo
Teus braços pedem abraço
Tua mão pede a minha
E eu, dou
Teus olhos pedem a voz
Teus ouvidos pedem silêncio
E eu, silencio
Teus passos pedem passagem
Teus pensamentos me pedem perto
E eu, desperto
Teus olhos pedem meu olhar atento
E eu, atendo
Tua fala pede atenção
Teu sorriso pede resposta
E eu, respondo
Teus braços pedem abraço
Tua mão pede a minha
E eu, dou
Teus olhos pedem a voz
Teus ouvidos pedem silêncio
E eu, silencio
Teus passos pedem passagem
Teus pensamentos me pedem perto
E eu, desperto
terça-feira, 25 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Mesmo que mude
Mesmo que mude
Mesmo que se faça feliz
Mesmo que me faça feliz
Não posso mais ficar aqui
Te esperando
Te ouvindo
Te confidenciando
Não posso mais ficar aqui
Fazendo planos
Fazendo sonhos
E sem fazer nada
Sem ser nada
Só seu.
Mesmo que se faça feliz
Mesmo que me faça feliz
Não posso mais ficar aqui
Te esperando
Te ouvindo
Te confidenciando
Não posso mais ficar aqui
Fazendo planos
Fazendo sonhos
E sem fazer nada
Sem ser nada
Só seu.
[in]decisão
Sempre que você quiser
Tudo o que você quiser
Como você quiser
Mesmo que não
Quem sabe um sim
Quem sabe um se
Tudo o que você quiser
Como você quiser
Mesmo que não
Quem sabe um sim
Quem sabe um se
Do que se escreve no caminho de volta pra casa
Sonhei que era eu
eu era o sol
mos o sol era você
Negando que te sonhara
despertei
lamentando tua ausência
devaneei
Do novo sonho era eu
um eu que não te era
o que era antes pensamento
agora se faz presente
eu era o sol
mos o sol era você
Negando que te sonhara
despertei
lamentando tua ausência
devaneei
Do novo sonho era eu
um eu que não te era
o que era antes pensamento
agora se faz presente
sábado, 22 de maio de 2010
Lugar da alma
E onde está minha alma nisso tudo que acontece?
Onde está a fonte dos meus pensamentos, a pureza da escrita?
Pureza que é aquilo que nasce por si, e que se faz por si, vem do vazio, do profundo, do que dizem coração...
Palavras verdadeiras, sem rimas falsas, palavras, parole, words, worte, paroles, focail, não importa, são apenas palavras.
Palavras que gritam, palavras que calam, que me calam, que me calam num berro de um silêncio estridente, mas que ainda sim, são apenas palavras.
E onde está minha alma nisso tudo que acontece?
Está no som do silêncio, no frio da palavra, no gosto da voz, no pulsar da memória, na expressão do desejo, no calar do calor.
Ela corre de mim, como eu corro do medo, corro do fogo, voo no vento. É minha voz que tento evocar, é quando a contradição invade a certeza, na certeza que será como uma dúvida e quando os fatos se tornam fotos e eu me mostro fraca.
Sinto, inspiro, expiro, deixo estar, da forma que será, só espero encontrar, afinal
Onde está minha alma nisso tudo que acontece?
Onde está a fonte dos meus pensamentos, a pureza da escrita?
Pureza que é aquilo que nasce por si, e que se faz por si, vem do vazio, do profundo, do que dizem coração...
Palavras verdadeiras, sem rimas falsas, palavras, parole, words, worte, paroles, focail, não importa, são apenas palavras.
Palavras que gritam, palavras que calam, que me calam, que me calam num berro de um silêncio estridente, mas que ainda sim, são apenas palavras.
E onde está minha alma nisso tudo que acontece?
Está no som do silêncio, no frio da palavra, no gosto da voz, no pulsar da memória, na expressão do desejo, no calar do calor.
Ela corre de mim, como eu corro do medo, corro do fogo, voo no vento. É minha voz que tento evocar, é quando a contradição invade a certeza, na certeza que será como uma dúvida e quando os fatos se tornam fotos e eu me mostro fraca.
Sinto, inspiro, expiro, deixo estar, da forma que será, só espero encontrar, afinal
Onde está minha alma nisso tudo que acontece?
domingo, 16 de maio de 2010
Sinto os passos leves, a poeira, o chão
Sinto o balanço, o ritmo,o tom
Sinto o tocar, as mãos, o abraçar
Desejo o desejar, a simplicidade, a realidade
Desejo a melodia, o arranjo, a harmonia
Desejo o olhar, o sorrir, o afagar
Experimento o acariciar, a serenidade, a felicidade
Experimento a viola, a voz, a canção
Experimento o riso, o verso, o encanto
Sinto a música
Desejo a dança
E danço
Sinto o balanço, o ritmo,o tom
Sinto o tocar, as mãos, o abraçar
Desejo o desejar, a simplicidade, a realidade
Desejo a melodia, o arranjo, a harmonia
Desejo o olhar, o sorrir, o afagar
Experimento o acariciar, a serenidade, a felicidade
Experimento a viola, a voz, a canção
Experimento o riso, o verso, o encanto
Sinto a música
Desejo a dança
E danço
sexta-feira, 14 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
Quanto tempo cabe em um segundo?
A conversa começou com o seguinte trecho da música "O ano passado que vem", do Paulinho Moska:
Difícil responder, eu diria... mas pode piorar muito mais, foi o que ela* fez: "Quantos momentos cabem em um segundo?" foi sua cruel resposta.
Vê bem: as vezes, as horas são intermináveis dentro dum segundo justamente pelos momentos e pelas coisas que experimentamos nos momentos que vivemos nas horas do segundo, e "a quantidade de coisas: sentimentos, pensamentos, toque, cheiro, visão, muita coisa"*, e que cada coisa pode ser tocada, sentida, pensada e todo o resto de tantas formas tão singulares, que é tão complexo, que deixamos parecer que é um tudo tão rápido que parece que foi menos de um segundo, mas que levamos uma vida inteira pra esquecer.
* ela é Julia Alano :)
Ninguém pode ser felizE aí retruquei com o primeiro verso da mesma música: "Quantas horas cabem em um segundo?"
Só os ignorantes
Que não prestam a devida atenção
Que não procuram a Verdade
Preferem sorrir pra ilusão
De viver uma só realidade
Difícil responder, eu diria... mas pode piorar muito mais, foi o que ela* fez: "Quantos momentos cabem em um segundo?" foi sua cruel resposta.
Vê bem: as vezes, as horas são intermináveis dentro dum segundo justamente pelos momentos e pelas coisas que experimentamos nos momentos que vivemos nas horas do segundo, e "a quantidade de coisas: sentimentos, pensamentos, toque, cheiro, visão, muita coisa"*, e que cada coisa pode ser tocada, sentida, pensada e todo o resto de tantas formas tão singulares, que é tão complexo, que deixamos parecer que é um tudo tão rápido que parece que foi menos de um segundo, mas que levamos uma vida inteira pra esquecer.
* ela é Julia Alano :)
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