domingo, 30 de agosto de 2009

Ela queria fazer uma metáfora original, mas todas as metáforas já tinham sido usadas.
E foi nisso que basicamente eu vim pensando todo o caminho de volta pra casa... Uma metáfora nova, que eu pudesse usar para escrever aqui no blog hoje, pra escrever como sempre escrevo, dizendo tudo, sem falar nada, sem dizer qual é o assunto, sem lembrar dele depois, sem nunguém entender o que é.

Enfim, o que eu pensava enquanto pensei a história da metáfora, foi [ventinho frio entrando pela janela...] em como tenho pensado em finalizar coisas que nem sequer começaram! E o pior: não sou só eu quem tem feito isso! Não sei se é imaginar demais, querer simplificar demais o que não deveria ser tão simplificado - o que não torna a coisa demasiado complexa - [talvez nao tenha ficado suficientemente claro, que quero dizer que é algo simples, que as pessoas tornam complexo para arrumar um jeito de decompor para simplificar - de novo.]

Essas coisas são de fato esquisitas. Mas... poderia eu ter pensado nisso aqui em casa. Foi uma pensação bonita que só pensando pra saber. Entretanto, foi no ônibus, e eu mal pude garranchar a parte da metáfora, pra não esquecer, no meu braço, quanto mais uma reflexão inteira...

sábado, 29 de agosto de 2009

novamente falo de fantasmas.
Não de fantasmas propriamente ditos, mas o comportamento sombrio de fantasmas que vêm assombrar.
Aiiiiiii... complicado explicar o que quero dizer. Complicado falar as coisas de forma coerente. Complicado ser coerente.

Enfim, sempre que resolvo voar, ser livre, respirar. Sempre que resolvo olhar por "detrás" das montanhas, além do horizonte, além do mundinho fechado que me coloquei, vem a sombra do que é, do que foi, do que será, do que seria. Me fazendo pisar no freio e quase desistir.

Como um fantasma que aparece na hora de dormir, e ameaça a paz da criança que arrisca dormir com as luzes apagas. É duro, é cruel, é mesquinho. No fundo, só é.
É o que?
Quem é?
Pra que ser?

Confusão
Medo
Afeição.
Afeto
e devoção.
Estar presente
Estar ausente
Ser o que era, pensar o que seria. Conformação.
Ou seria conformidade?

domingo, 23 de agosto de 2009


Não tenho dó, não tenho peito, não tenho alma.

E quem foi o estúpido que inventou que regras eram necessárias?

Agora estou eu aqui com meu monólogo, tal qual acabei de assistir. Será que alguém me ouve? Me vê? faz que vê e eu finjo que ignoro.

Suspenderam minha carteira.

Aonde está escrito que é proibido rockear?

Aonde está escrita tanta asneira que tenho que engolir? Essa merda de igualdade desigual! Ter que ver tanta gente estúpida dizer coisas absurdas, e ter que contra-argumentarquando a mulher chama o marido de "bosta" porque ela que sustenta o lar, que este não era seu papel. Então, porra! por que que essas "Amélias-modelo" não fizeram nada quando as tais feministas foram pra rua queimar sutiã?

Porque não foram lá reinvidicar o papel de dona-do-lar, e deixar as vagas de emprego para os maridos proverem a casa?

Não, minha revolta não é a respeito do mercado de trabalho estar como estar e nem protesto contra nem a favor daquelas que inventaram que mulher deveria trabalhar, nem contra as que acham que podem diminuir seus pobres maridos porque estes não têm emprego.

Minha revolta firma-se nas pessoas que não sabem o que querem, que não medem suas decisões, que nunca estão satisfeitas com nada, e por tudo querem reclamar.

Pra que reclamar de tudo? Não basta ver a vida de forma simples como enxerga uma criança?

sábado, 22 de agosto de 2009


por que teimas?
Teima em fugir, em voltar e seguir.
Teima em ser, em ficar e fingir.
és o que é, o que sente, o que pensa, o que fala.
és porque assim quer, porque se não não seria.
Apenas faria.
Faria o que pensa, o que dura o minuto
o minuto de ser, de pensar e agir.
Agir por razão, emoção, pela ação.
Ato falho, burro, sem sentido, sem demora
demora faz a hora, faz a angústia, faz você
Você que lê, que dorme, que sonha.
Que imagina, que fala e se cala.
Cala por medo ou concordância.
Falta de arguento.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Quanto vale uma vida?



É... geralmente a gente cresce ouvindo que a vida é o bem mais precioso e etc, que ela vale muito, eu sei, mas que precisa pagar por ela... faça-me o favor!
Não vou a um armarinho e compro 30 cm de vida, nem 300 mg de sobrevida no armazém.
Vida não tem preço, porque não se pode comprar algo que não se vende.

Aí aproveitam para vender saúde, porque saúde você pode comprar - pelo menos os artifícios para!
Só que não vendem direito. Cobram caro e não te servem. De que vale isso afinal?
Oo

Passar o dia na ala de pronto socorro de um hospital particular, tendo que pagar a vista todos os procedimentos e ter que ouvir a pessoa que você está acompanhando dizer "eu to pagando pra cuidarem de mim, e não cuidam", realmente é revoltante.

Pior de tudo, é depois de uma tarde e uma noite inteira no hospital, não terem nem ideia do que seja, simplesmente porque o médico não deu o ar da graça em seu leito.

Tamofu mesmo!
¬¬

terça-feira, 18 de agosto de 2009


Nem era muito tarde, e eu já retornava ao meu lar.
Nem era muito tarde, mas a rua estava deserta.
No caminho, a rua escura, um orelhão, um ônibus, um homem e o medo.

Apertei forte a mão no bolso. O ônibus partiu levando consigo o homem. Olhei para cima, procurando a lua cheia: era um sinal. Não tinha lua - o que aumentava mais a escuridão.

Olhei para dentro do beco antes de passar - como de costume - não havia nignuém, na volta do olhar na direção do avanço, eis o primeiro susto: um homem salta do caminhão bem a minha frente! Era apenas o gari. Impressionante como não senti o fétido cheiro dos restos humanos antes do susto...

Continuei subindo, subindo e pensando, pensamentos alheios, aleatórios, soltos, abstratos. A rua permanecia vazia, e a árvore aumentava a escuridão do meu caminho. Ouvi risos. Assustada, olhei em volta. Homens comemoravam o fim do dia no boteco.

Aliás, nunca experimentei aquele boteco em frente a minha casa. Somente mais uma observação importante estilo professor de matemática.
E se alguma coisa não se encaixar, a culpa é do Dante! Aquele macarrão...
Há tempos que escrevo pra me libertar, tempos porém que não me liberto, não escrevo, não penso de mim, paro tudo.
Talvez aliás, tenho pensado demais de mim pouco em mim.

Pra bom entendedor, faz diferença, eu penso e sei a diferença, e quero que ela faça diferença na vida minha.
Nada tem mudado muito afinal.

Os acasos continuam se dando, os erros, os enganos, as coincidências.
Mudam os personagens, a atriz principal permanece, mesmo não sendo ela muito boa de interpretação. É estranho se parar pra perceber o ciclo das coisas... numa mesma vida, num mesmo curto espaço que se delimita o tempo, tanta coisa se repete, tanta coisa é, tantas deixam de ser para darem lugar às mesmas fajutas repetições.

Tudo se compõe e se decompõe, frase da música do Paulinho Moska, que traz justamente essa capacidade de não-ser daquilo que é, no sentido de mudança, poder tranformar o acontecimento passado no ar da euforia de algo novo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A Sutileza das Observações


Observar os seus passos
ver o que se passa
Em você tudo passa
Passam dias, horas passam
Os mundos se vão, nada passa
É o presente, o futuro e o passado
Passando observo
Te vejo e te observo
Na vida, observação de todas observações
De tudo que passa
De tudo que observo
É você que observo que não passa.

A Sutileza das Observações