quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Sobre as verdades

E você me beijar a testa e contar uma história bonita antes de eu  dormir, e depois sonhar com ela...
Aquelas histórias sem compromisso com a verdade, mas que fala justamente da minha vida, sobre eu e você, sobre nós. Por que  é tão difícil pensar em nós? Sonhar com a gente,  encontrar você?

Às  vezes confundo seu rosto, mas logo percebo que mais uma  vez foi um erro. Não sei quanto tempo mais estou disposta a errar. E é difícil pra mim admitir que errei, que sou uma notívaga a sua procura, e nem ao menos consigo saber ao certo o que procuro. Até bem pouco tempo atrás, tinha a vantagem  de ao menos saber o que eu não procurava,  tinha  essa certeza, mas agora, nem isso sei. Só sei dos meus erros e nem sei se os escondo. Parei de esconder as coisas: minhas  vontades, desagrados... Mas não parei de esconder meus medos, muito embora tenha gente que os conhece muito bem.

Ainda não parei de fingir. Fingir é uma forma de fugir, mas eu não  disse que agora eu tenho coragem. Aliás, essa é uma das coisas que finjo ter. E nem sei se finjo tão bem assim. No final, sempre fujo...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Daquilo que não vivi

Desde domingo último tenho amargurado numa saudade dura daquilo que não vivi. Tudo começou com um sonho que minha mãe teve, sobre meu avô, sobre ele partir pra um lugar distante, sem dizer onde, sem voltar, sem se despedir. Lembrei de quando sonhei com ele, por volta dos sete anos, meu avozinho... Eu acho que ia gostar dele. Eu construí a imagem de um avô e dei pra ele - uma imagem que me agrada muito. Não sei se seria assim caso eu o tivesse conhecido, mas mesmo assim, sinto uma saudade dele...

Construí outras imagens e distribui à pessoas por ai. Pessoas que não conheci direito, mas que mesmo assim, sinto uma vontade enorme de tê-las por perto. Uma saudade que não dá pra explicar. Um sentimento de que se ela estivesse por perto, tudo ia ser diferente e eu iria experimentar momentos de conforto e felicidade.

Sim. Sinto falta do conforto e da felicidade. Sinto falta de me encontrar por ai, de me ver nas pessoas. Ou nada disso. Acho mesmo é que sinto falta de me perder por ai e encontrar as pessoas que irão preencher o vazio causado pela minha ausência. Penso que às vezes me construo auto-suficiente demais. Ao mesmo tempo, me vejo tão dependente das pessoas. Tão carente de um abraço, de um afeto. Qualquer prazer me diverte, como diria meu padrinho. Qualquer sinal de afeição e eu me derreto toda. Faz até graça.

Mas ainda assim, sinto uma saudade do não vivido que não dá pra explicar. Saudade não sei de quem, não sei de que. Talvez seja ela pra você.

domingo, 4 de novembro de 2012

De quando eu me canso

Gosto de como eu olho pra mim às vezes e digo "cansei". Penso que de vez em quando eu podia simplesmente cansar bem antes e me poupar bem mais. Assim, só pra variar, poderia ocupar meu tempo vendo pessoas que realmente interessam, fazendo coisas que realmente me fazem seguir em frente.

Mas mesmo assim, gosto de quando de repente eu digo pra dentro, cansei de você! E ai sigo em frente como se nada de mais grave tivesse acontecido. Talvez no fim das contas reste um coração partido, ou dois. Talvez reste apenas um orgulho ferido. Talvez não reste nada, porque provavelmente é o que deveria restar.

Vez ou outra eu me canso de alguém, mas logo depois descanso, é um não sei o que de tonteira, porque sinceramente, não faz sentido. Mas hoje, hoje eu me cansei de você.

domingo, 14 de outubro de 2012

Bom encontro.

Não costumo ser dessas que  fica por ai espalhando que o fim de semana foi maravilhoso, que é uma pena que não durou pra sempre, querendo um reprise e tudo o mais, mas realmente eu gostei desse feriado. Rever pessoas queridas, amigos de um tempão, gente que fazia tempo que eu não via, e, sinceramente? Brindar com quem eu queria brindar faz tempo!

Conhecer gente nova, brindar com gente nova, revelar coisas das entrelinhas, lavar os pratos. Beber, beber, beber, comer churrasco, beber, beber, beber, tomar sopão. Ah... o sopão antes de dormir... que momento fantástico! Gosto daquele lugar onde tudo é em comum, onde meu passado se mistura com meu presente e faz pensar em como vai ser da próxima vez, embora a gente já saiba que não vai ser lá tão diferente.

É lugar de ver que o tempo passou. Que aquela velha árvore que eu me escondia, agora guarda uma nova fornada de Souzas e Tullis. Que aquele velho quintal já não enche minhas mãos de larva migra, mas está cheio de agregados, cheio de família, cheio do que eu gosto.

Ouvir e contar histórias do passado, rir dos descasos do destino, fazer novas histórias e ri-las de uma vez. Gosto disso tudo.

Das brigas eu não gosto não. Também tenho preguiça de umas duas ou três pessoas, mas não é o tempo todo.

É mais que partilhar o álcool. Aliás, o álcool é só um detalhe. É ver que fomos evoluindo na escala vida. Água, suco, refrigerante, cerveja. Partilhamos desde sempre. Servimos uns aos outros, como deve ser. Somos amigos, somos irmãos, somos primos e sobrinhos, somos bons encontros.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Daquilo que não se diz.

Gastaram pouco mais que 4h conversando, no fim, alguém a perguntou:
"E você acreditou no que ele disse?"
Então com um sorriso um tanto maldoso nos lábios ela respondeu:
"Em nem uma palavra sequer!"
Ai elas riram e fizeram um brinde à toda verdade das entrelinhas.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Tatuei seu nome na minha alma

A alma é bem mais extensa e profunda que nossa própria pele. É um lugar que não dá pra ficar voltando e retocando, colocando um desenho por cima e tatuar de novo. Eu tatuei seu nome na minha alma. Foi um passo decisivo e querido. Não tem volta. Posso tatuar tantos outros nomes ainda - afinal, ela é grande e profunda - mas não sei quantos nomes mais estou disposta a tatuar.

Sabe, é estranho, mesmo que depois de tanto tempo, continue a me abalar desta maneira. O senso de pertencimento que ocorreu em todos os sentidos são inegáveis, e, de certa forma, eternos. Mais do que fazer parte da sua história, eu desejava fazer parte de você. Eu não sei bem em que parte as nossas vidas se perderam, na verdade eu sei, mas temo ter feito a escolha na hora errada. E se tivesse esgotado tudo e deixado apenas um sentimento de mágoa? Seria agora bem mais fácil?

O que é mais fácil? É complicado definir o fácil quando se fala do coração, quando se fala em descobrir o primeiro amor. É... acho que foi o primeiro amor de verdade. Aquele que desejei alimentar e ver crescer, aquele que quis encorajar, dar todo o meu lado bom, sem medo de mostrar meus monstros. Quem desejei planejar novos mundos. Acho que isso é o amor. Desejar sempre o bem, mesmo significando uma dor incomensurável tanto tempo depois. Não é uma ferida. Sendo assim, não há o que cicatrizar.

Eu só tatuei seu nome na minha alma, e você vai ficar lá para sempre (pelo menos por um bom tempo ainda), mesmo que não acredite nisso.

sábado, 18 de agosto de 2012

Quisera eu me perder de mim [de novo]

Quisera eu me perder de mim, mas em vão procurei abrigo no escuro de mim mesmo.
Quisera eu me esconder do mundo, mas as cortinas eram muito curtas.
Quisera eu me abrigar nas lembranças, mas tudo o que eu pudesse lembrar, já era esquecido.
Quisera eu lutar, mas sem forças me contentei em caminhar.
Quisera eu xingar todos os palavrões que eu conheço, mas preferi o silêncio ao menos uma vez.
Quisera eu manter-me em silêncio tantas outras vezes, mas atônita gritei em mim.
Quisera eu querer tanta coisa, mas querido, não quero mais.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Do que eu sou

Talhada pelo meu passado, mas definitivamente não sou o passado.
Tudo tão cheio de falta de conteúdo...




... and duck face!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

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Já foi o tempo de sonhar, mas por que ainda não?

Ilusão de um sonho

Sonho novo carregado de paixão? Ilusão?
Sonho novo mesmo?
É sonho ou ilusão? Porque se for sonho, a gente acorda e a ilusão existe onde?
Em algum lugar ela existe.
Na cabeça de alguém, se ainda insiste.
Na minha então.
Desta forma, é ilusão.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Costume

Fui me acostumando a perder você assim, bem devagar, até não poder mais alcançar as minhas vistas.
Fui me acostumando a perder você bem devagar.
Fui me acostumando a perder você.
Fui me acostumando a perder.
Fui me acostumando. Só me acostumando, não me acomodando, porque a vida é um constante ir e vir, partir faz parte do enredo.
Fui me encontrando assim, bem devagar, tentando me reinventar.
Fui tentando bem devagar me reinventar.
Fui tentando.
Devagar.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Monólogo do diálogo

Oi, tudo bem?
É que você anda sumido, não sei muito bem o que aconteceu...
Parece que faz muito tempo desde a última vez, já me soa estranho puxar conversa. Então não sei muito bem o que dizer.
Não, claro, estou bem sim. É só um jeito estranho de talvez sentir saudade. Talvez bastante estranho. Nem sei bem o que esperar, quem esperar. É como se de repente nada fizesse sentido...
Eu sei, eu sei. Não está fazendo sentido nada disso. É que não faz sentido pra mim também, só estou dizendo.
Tudo! Tudo aquilo que está na garganta, nos pensamentos, nas mãos.
Não, não tem nada nas minhas mãos, foi só uma forma de dizer o que eu estava pensando...
Estou contando as coisas, não estou? Então não queira que eu diga tudo. Eu comecei, eu escolho.
Tubo bem... É que eu queria falar uma coisa, e acabo dizendo outras e não o que eu queria a princípio...
É. Isso da saudade.
Não é bem saudade, o que eu quis dizer... É uma espécie de falta.
Isso mesmo! Falta.
Não me olhe assim... Você foi minha rotina nos últimos tempos, estava acostumada.
Não. Rotina não é algo ruim.
Pensa comigo, eu deixei você fazer parte da minha rotina, eu quis.
É. Simples assim. Era saboroso ter você nos meus dias, trazia algo de um sentimento bom. Carinho, ternura... não sei definir.
Amor?!
Acho uma palavra forte. Um sentimento forte. Não o usaria num bom português.
Não seria impossível senti-lo, é certo, mas sabe o que eu penso sobre o amor.
Seria tão mais fácil se usássemos os três. Que assim como em sua origem, fossem três palavras, para três sentimentos parecidos, embora totalmente diversos. Doação, amizade e carne. Mas acho que são palavras grosseiras as que eu usei.
Sim, nunca perco esse hábito de escolher as palavras erradas - você bem sabe - embora eu conheça tantas.
No fundo, acho que você gosta assim.
É isso, uma palavra adequada, acho que gosto de você.
Eu gostei de você, de graça e de repente.
É, de graça. Às vezes eu assusto as pessoas com o meu "gostar de graça", mas eu ficaria muito contente se acreditasse que não foi de propósito e que eu não queria nada em troca. Apenas gostei de qualquer coisa em você.
É. Dizem por ai que eu tenho um dedinho podre mesmo, mas, sinceramente? Não estou nem ligando.
...
Estava pensando... Acho esquisito estar falando tudo tão assim. Há pouco eu dizia que já não era a mesma coisa falar com você. Uma espécie de mal jeito...
Verdade, falar faz trazer de volta, e é como se eu ficasse à vontade de novo.
Enfim, perdi o jeito de falar de novo!
De toda forma, só queria que soubesse que estou sentindo falta.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Fuga nº8

De repente o pangaré virou uma bicicletinha enferrujada e o caminho de pedras e curvas uma pontezinha estreita  e entrelaçada, com um rio bravo logo abaixo, acordei com a sensação de que tinha me jogado nele. Tenho a impressão de ter acordado pensando aquele sonho não estar completo - afinal, era uma saga de sete capítulos - com um esforço consegui dormir novamente e voltar ao sonho.

Toda a saga aconteceu - desta vez tenho certeza - e no final lá estava eu com a pessoa que eu deveria proteger - queria - e aquele monte de calhordas atrás. De certa forma, parecia um casal, percebia-se muito carinho entre os personagens, mas não sei se de fato era um casal. Aparentemente, já conhecíamos o nosso futuro, e tudo o que fazíamos era antes de mais nada retardar o inevitável.

Nossa arma era o desejo de paz, nossos perseguidores tinham armas vorazes, e corriam atrás de nós com seus galopantes ligeiros, que com muita astúcia foram deixados pra trás. E então a porteira e, miraculosamente, o pangaré virou uma bicicletinha com a correia enferrujada, novamente muito mais lerda do que nossos inimigos. Muitas vezes estiveram em nossos calcanhares, e não sei como, escapamos. Muitas vezes pedalei na beirada daquela ponte, no limite entre a vida e a morte. Sempre conseguimos desviar os algozes, mas acordei com a sensação de que teríamos nos jogado da ponte. Teria sido a única possibilidade de salvação, ou então apenas não daríamos o gostinho da vitória àqueles que estavam atrás da gente.

O que me deixou perplexa ao perceber, foi que o final do sonho curto, e da saga completa, foi o mesmo: O pangaré virou uma bicicletinha enferrujada e o caminho sinuoso e cheio de pedras tornou-se uma ponte estreita e entrelaçada, como se não importasse os nossos caminhos, os nossos destinos seriam o mesmo.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Para Lívia

sábado, 9 de junho de 2012

Meus pensamentos guardo todos pra mim, e as ideias jogo fora de lado.
Tem coisas tão bonitas por si só, que não vale a pena estragar tentando explicar ou mesmo florear. E é isso.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Hoje eu vi um pedaço de você e só chorei porque meu irmão segurou a minha mão.

Acho que eu não queria perceber, mas não queria me afastar do passado pelo simples fato de ele ter sido saboroso. Talvez não quisesse ter perdido você quando eu falei que queria ir, e tivesse esperado um motivo para ficar, mas talvez o motivo para ter certeza de que partir fora o melhor caminho tenha chegado.

Confesso, foi difícil e não-querido, não sinto orgulho, nem alegria, nem o porque ter feito. Tudo fora deveras significativo, mas já tenho dúvidas quanto algumas lacunas. Eu não sei como preenchê-las, mas acho que o melhor caminho é deixá-las vagas.

Foi bom, e vou guardar o gosto disso pelo tempo que for necessário, talvez para sempre, mas nada mais será igual.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Xingando muito no blog!

Ah... É que sei lá.
Às vezes fico farta disso. Tem gente que só posta babaquice nas redes sociais (eu por exemplo), e o primeiro problema é que babaquice é algo relativíssimo!
Por exemplo, meus amigos da engenharia devem emputecer-se a cada nova pesquisa que divulgo pra ajudar meus coleguinhas psis, eu me irrito com gente postando auto-ajuda, coisas sobre Deus que ficam só na imagem bonitinha, porque sim, tem muita gente que leva algo daquilo a sério, mas tem gente, que na boa, é ridículo. Tão ridículo quanto cinquentona postando coisinha de adolescente apaixonada, não que pessoas mais velhas não possam estar apaixonadas, eu não disse isso. Mas que o faça como quem já tem certa maturidade (e quem disse que o amor não desamadurece a gente, né?), tudo bem, perca-a quando encontrar o amor, então, não enquanto espera. Ao mesmo tempo, e sinceramente, a bola da vez, de novo, é aquela velha "Cuida da tua vida que eu cuido da minha!"

Ah é? Cuida mesmo? Porque vejo muito bisbilhoteiro, fuxiqueiro pedindo para deixar sua própria vida em paz. Certa vez, li em algum lugar, algo que me fez pensar bastante, e levo para minha vida, muito embora por vezes fique guardado lá no mundo do esquecimento, nós só vemos os defeitos que nós mesmos temos. Do tipo, como posso reconhecer algo que não conheço? Já dizia um professor meu, conhecer é reconhecer, ou cognoscere è recognoscere. Mas enfim, minha pergunta mais que primordial, talvez aquela pergunta estúpida que o aluno mais estúpido faz, desafiando a lei imposta à qualquer professor, "não existe pergunta idiota", então pra que? Pra quê, cara***, fica colocando relatório a cada 15 minutos do que faz ou deixa de fazer?!"

Há uma tênue linha entre o cuidado e o futucionismo, algo entre a tia velha e o resto da família e a fofoqueira da janela ao lado, mas cara, tem coisas, tem fatos, que não se deve negar. Se eu ponho lá, em letras garrafais "passou de namorando para solteiro" ou vice-versa, ou se postei qualquer dificuldade gastrointestinal, ou qualquer malandragem que eu fiz, é óbvio que eu fiz para as pessoas verem, se não fosse pra ninguém ver, ninguém ficar sabendo, eu não o faria. Isso pra mim é óbvio, e pra você?




** Notas importantes:
 Por vezes tento praticar a virtude de não ficar falando desmedidamente em rede social, mas como é algo que realmente tem me incomodado bastante e eu não quero esconder, sem ao mesmo tempo, abrir mão de todo o cuidado com as virtudes que tenho tido, mesmo que não conseguindo zelar por todas elas sempre, ponho-me a me expor no blog, que quase ninguém vê mesmo.
De qualquer forma, não acho que minha vida valha tanto a pena assim, tão digna das pessoas ficarem perdendo seu tão precioso tempo olhando para.

sábado, 21 de abril de 2012

A gente sabe quando é um fantasma, porque sentimos um frio na nuca.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Meu amor, minha dor

Se assim fosse o que talvez eu não seria
Talvez não caberia
No mundo que não sou
Tudo aquilo que jamais quis ser.

Se assim soubesse o que talvez não saberia
Qual mistério haveria
Naquilo que tenho medo
Do medo que já não teria?

Se assim coubesse nesses versos que não serviria
Para nenhuma outra agonia
Se não aquela tormenta toda
Da qual jamais saberia.

domingo, 15 de abril de 2012

É um não desligar constante, e uma saudade inteira que fica, mesmo sem saber porque e principalmente sem saber o que fazer com ela.
É muita confusão, é muita questão em volta. É muito se.

Não quero parecer egoísta, são as regras do jogo.
Mas não consigo de tudo ser honesta.
Neste ponto.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sobre aquilo que conversávamos outro dia.
Vivemos hoje numa sociedade onde tudo é descartável, inclusive as pessoas.

Boa capitalista que sou, confesso meus descartes materiais. Mas pessoas... pessoas eu acho sacanagem, até porque elas não vem com etiqueta de preço, ou não são de modelos diferenciados (e mais evoluídos) que oferecem mil e uma vantagens... Pelo menos não em tese... =x

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ele é eterno não porque não morre jamais, mas sim porque vive para sempre.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

E então era mais nada

Tinha eu, tinha você.
Quem somos nós?
Passa um filme, dois, um pout-pourri de histórias e pessoas queridas.
E de repente não era mais nada.
Quem somos nós?
A vida que muitas vezes nos prega peças, quebra-cabeça;
A vida que nos joga e nos devora, nos engole.
E de repente não era mais nada.
Um sussurro, um silêncio, um sopro.
Aonde estamos nós?
Lágrima de flor, que o sereno da noite trouxe.
Flor que sem sereno murcha.
E de repente não era mais nada.
Um abraço, uma prece, um adeus.
Para onde foram eles?
Foram filmagens, foram momentos;
Carinhos e recordações.
Foram sorrisos.
E então ficou pra sempre.


À dor de uma amiga querida.

sábado, 31 de março de 2012

Tardes de uma aula qualquer

Eu vou pensar em você
Vou deixar uma poesia nascer
E vai fluir pura e simples
Assim como deve ser.

Mas se é só te pensar
Por que é tão difícil?
É tão fácil imaginar
Te por no papel, porém, impossível!

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Talvez

Desde que
Ainda quem sabe
Um não

Será que
Mesmo sem saber
Um sim

Tanto quanto
Melhor ter feito
Melhor ter sumido
Melhor ter aceito

Fato!
Certeza
Indecisão

Porém,
Se pensar melhor
Talvez.
O tempo, meu amor
Não desperdice-o
Não transforme as palavras em frases de efeito vazio.

O tempo, meu amor
Não queira voltar atrás
Não tente esquecer quanto nos conhecemos.

Não tente se esquecer de mim
Pois o tempo, meu amor
O tempo está cheio de nós.

O amante

Escritos antigos, que não existia aqui. Que está perdido em algum lugar. Que apertou meu coração. Postarei os trechos que reproduzi numa ocasião que foi muito, muito importante pra mim, para ter a certeza de que ao menos isso, não perderei.

"(...) Não deveria ser, nem existir, mas era. E estava presente ali, onde eu estava, da forma que eu estava, e onde era invisível, eu o vi.
(...) Mas era frase solta, articulada, quente, fria, e era o silêncio. Era uma lembrança gostosa nas noites de segunda-feira, um cheiro suave na hora de dormir. Era um sorriso numa tarde distraída, uma vontade de estar perto.
Tinha as manias mais bonitas que eu já vi.
(...) Era uma crise de ausência, seguida de uma crise de abstinência e então o reencontro (...) Um abraço que só tinha espaço para um calor, uma atenção que se voltava para uma só direção (...)
Ele tinha uma face que não podia ser vista. E eu não podia dar provas de sua existência, mas podia provar da existência, da pele macia, do gosto suave. Podia hipnotizar-me naqueles olhos que me encantavam, e que eu sabia, podia me perder, mas por nada neste mundo, queria trocar a aventura de não ter mais o caminho de volta (...)
Era a capacidade [que eu sabia ter] de ficar horas parada, só olhando o que ninguém mais via; e era saber sentir o que ninguém mais sentia; e ficar horas esperando um minuto; e ficar pensando no que dizer, quando nada mais fazia-se necessário além do silêncio. Era uma vontade louca de possuir, consolada pela certeza do ter.
Era guerra, era paz, era calor, era amor."

... E então não era mais nada.

domingo, 18 de março de 2012

É sobre limpeza e a preguiça que dá na gente, mas enfim, preguiça de escrever, falta de inspiração ou excesso de coisas mais úteis pra fazer, tipo a limpeza do quarto e a preguiça que dá na gente.

Empacotando tudo, pra desempacotar tudo de novo, nos móveis novos. Isso dá uma sensação de alívio e bem-estar e alegria e um monte de coisa que não dá pra falar. Mas claro, espaço! \o/
Parcial do armário... Ainda não fiz a ultima porta, a propósito... hehe
Pensar que tudo o que ficava num móvel só (e mal dividido) irão para três (por enquanto, porque um dia, talvez antes de eu sair de casa, meu quarto ficará completo e com banheiro), sendo um deles minha tão querida, sonhada e almejada penteadeira! Meu próprio espaço beauté, pra brincar de menina com perfeição e ficar dois dias duas horas me emperequetando.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Porque eu acho extremamente difícil tirar você da minha vida, mesmo sabendo que terminou. As vezes paro em uma foto, uma mensagem, e bate uma saudade triste, daquelas do tipo de quem sente falta, porque é isso...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Das babaquices da televisão

Pois bem, mais de uma vez, a partir do fim do ano, começo a ver/ouvir coisas contra a mais nova edição do reality show mais amado, odiado, desejado e esperado do ano, que desta vez chega à 12ª edição, o Big Brother Brasil.
Fala-se mal do programa, fala-se mal do apresentador, fala-se mal de quem assiste, fala-se mal de quem fala.

As vezes me pergunto o que essa coisa toda de globalização está fazendo com as nossas opiniões, onde tudo deixou de ser privado e resolveu ser público. Tá, ótimo que todos tenham o direito de dizer o que pensam a respeito das coisas, tal como tem o direito de não falar, ou buscar não saber.

Já faz algum tempo que não me dou mais ao trabalho de ligar a televisão. Assisto, sim, vejo novela, às vezes, vejo Big Brother, não, leio livros, sim, fico pendurada na internet buscando informações, sim!

Demorei uma pá de tempo pra saber quem era a Luiza, e saber qual o problema da rica estar no Canadá. Demorei uma pá de tempo pra saber quem era Daniel, quem ele "estuprou", porque ele estava sendo punido. E digo mais, fiquei sabendo porque vi no meu facebook gente criticando o Big Brother porque isso só aconteceu porque ele existe.

Minha orientação behaviorista, e meus bem aproveitados anos de estudo no ensino fundamental e médio, onde conheci Darwin e sua teoria da seleção natural, bem aplicada às ciências do comportamento, tem uma premissa básica: um ser/ comportamento é selecionado naturalmente se encontra condições para sobreviver, se não encontra, entra em EXTINÇÃO! Não foi isso que aconteceu com nossos répteis gigantes, os dinossauros, vem acontecendo com outros animais ao longo da história, e com certos comportamentos?

Ninguém, mais do que a televisão, sabe o que é o poder do IBOPE! E sabe aquilo de falem bem ou mal mas falem de mim? A indústria da máfia do dinheiro deslavado continua funcionando, e gerando mais dinheiro, e mais polêmica, que é a engrenagem da coisa. Quando o trem para de causar polêmica, quando o trem deixa de ser criticado (e defendido, pela lei da ação e reação), quando o ibope cai, os patrocinadores param de patrocinar, o programa sai do ar, e pronto acabou.

Não precisa ficar curtindo quem concorda com o Ministério da Perda de Tempo que o BBB deve sair do ar, ou compartilhar se você acha que ele nunca deveria ter ido ao ar. Não precisa ficar falando que não gosta do programa, ou que apenas imbecis o assistem. Não precisa ficar enchendo as telas e a paciência de todo mundo, dizendo que isso só forma idiotas, e que o Bial subestima nossa inteligência, que ofende escritores, soldados, mães e pais que lutam pela sobrevivência dos filhos, matando um leão por dia, ao chamar os confinados de heróis. Atualmente, acho que heroína sou eu, por ter que aturar dezenas de posts repetidos falando mal do BBB diariamente.

No mais, já dizia Amèlie Poulain (O Fabuloso Destino de Amèlie Poulain), "pois estragar a própria vida, é um destino inalienável". Então, não quer assistir por seus motivos pessoais, não assista. Troque de canal, vá ler um livro, ver um filme, se embriagar, dormir. Mas deixe quem quer assistir, assistir em paz. Afinal, as pessoas têm os programas que merecem.

Pra quem é cult o suficiente pra achar o BBB um fazedor de mentes vazias, a Globo, pelo menos nesse horário (não importa a época do ano), não é o seu canal...