sexta-feira, 5 de junho de 2015

Dentro da angústia do medo, um silêncio
No silêncio, a jura não confessada
E por não confessar, a perda.

Será sempre assim?
Fadado ao fracasso
Esse amor sem fim

Será... Seria
O que poderia ser e nunca mais foi.
Nunca mais foi ou nunca havia sido?

Não sei.
Jamais saberei.
Mas pelo silêncio, jamais seremos.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Era um pingo de nada, no meio do nada e que não sentia nada.
Já havia sentido muito, mas com o tempo perdeu a importância... Simplesmente se acostumou com o não ser. Com não ter nada, em se sozinha.
Ninguém se acostuma a ser sozinho. As pessoas apenas deixam de ser incomodar, se acomodam.
Foi difícil começar uma nova manhã, mas seguiu em frente. Tinha enfim uma esperança de deixar de sentir o peso do vazio que é ser sozinha. Percebeu que o fardo podia ser sua missão. Um coração tão grande não pode ficar preso num cais. Ele precisa se doar, ser para todos para estar em paz.
Por hoje isso era o suficiente.