terça-feira, 10 de setembro de 2013

Era um daqueles planos que a gente ainda arrisca ter. Com medo mesmo,  sem medo. Com vontade.
Era um daqueles objetivos de vida sem compromisso com a realização, mas que ainda assim a gente ousava desenhar.
Era só uma vida, uma vida que um dia a gente quis ter.

Confessionário II

Talvez quando isso tudo estiver bem, eu vá rir do que aconteceu.

Mas por enquanto há um quê de amargura, que eu sei bem, e que eu quero sentir - me deixa... porque não é errado. Sinto que não o é.

Me falaram que eu devia cerrar os dentes, fazer um sorriso e sambar na cara, mas sinceramente, creio que algumas pessoas acreditam que passar por cima com uma persona alegre vai esconder o bico que você carrega, só que esquecem que o sorriso da persona é demasiado grande e mostra o rosto que tem por trás. A persona também mostra olhos vazios, e qualquer um pode ver. E esse é o preço do alarde.

Mas essa coisa de se afirmar mulher forte e independente causa confusão em ainda, nós estamos aprendendo como se faz, e às vezes, mais algumas do que outras, acreditam que para ser tudo isso precisam passar de trator por cima de si mesmas, dizem que está tudo bem e que pra ela tanto faz.

E tanto faz é o cacete, porra!*

Dói o estômago ver essas coisas, muito embora não saiba explicar bem o porquê. E acho que no mínimo tenho o direito de admitir isso.

Não, não sinto raiva, não sinto ódio, mas também não queira que eu não sinta nada. Estou desapontada, decepcionada, simplesmente porque faltou tudo que tentei ser. Coragem...


*Foi preciso usar de palavras chulas para por pra fora toda a angústia.