sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Tô com saudade de tu, meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu
É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz
Pensamento viaja
E vai buscar meu bem-querer
Em Não posso ser feliz, assim
Tem dó de mim o que eu posso fazer
(Gostoso demais - Dominguinhos - Nando Cordel)


Sem comentários, mas acordei meio saudosa hoje...
Ah sim, mas não é uma letra bonita?
Sei lá, acho que faltam coisas assim hoje em dia... músicas bonitas e pã, as paradas de sucesso nem têm mais esse ar romântico-bonitinho-não-apelão... Alguns sertanejos até tentam, mas ah...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

vazio.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

"A vontade é livre e, aprisionada num corpo passional e fraco, pode mergulhar nossa alma na ilusão e no erro."
(Chauí, M., Um convite à filosofia, preguiça de ver a data)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Tenho pensado muito durante os últimos dias sobre o que discutimos numa das aulas de Teoria da Personalidade I dias atrás. É que vem exatamente de encontro com o que eu pensava muito antes de saber que existia física, ainda mais quântica.

Durante muito tempo pensei que meus pensamentos infantis só faziam parte do meu imaginário egocêntrico, mas tenho pensado, e em parte, eu tinha até razão.

Diz respeito a como que coisas e pessoas passam a existir - e em versão adulta - de repente.
É como falar que milhares de coisas existem, mesmo que eu não tenha conhecimento. Tudo bem, não posso conhecer tudo, mas o que não conheço, NÃO EXISTE!

Então eu começo a pensar nisso: Como de repente as pessoas começam a existir. Primeiro é um rosto que eu nunca havia visto, um olhar diferente, uma pessoa que me cruzou a rua por um instante existiu pra mim, depois, não existe mais.
Aí por um motivo qualquer, alguma coisa te faz conhecer de fato essa pessoa e ela passa a existir de fato. Passo a ter ciência de sua forma, sua voz, seu pensamento... enfim, tenho um arranjo de características que me falam de um único ser - um indivíduo.

Penso nas pessoas que morrem em acidentes, aqueles feios, de carro ou de avião; principalmente os de carro em autoestradas. Quanta gente que para para ver a morte de alguém que não existe. Pra que, me pergunto, pra que? - sempre me perguntei. É o gosto de ver a desgraça alheia? É prestar uma homenagem a quem não se conheceu?

Penso nas minhas aulas de anatomia, nas que tive, nas que ajudo, nas peças anatomicas.
Sim, é um cadáver. É alguém que não existia (no MEU universo) e passou a existir como "objeto" agora. É um corpo sem vida, pra mim, sem história. Não desconsidero, entretanto, que nunca existiu vida naquele corpo, que aquele cadáver não tinha uma história, não tinha amigos, família. Mas qual diferença isso me faz agora?

Adiantaria sentar ao lado da bancada e começar a chorar e me encher de tristeza porque tem um morto à minha frente? Adiantaria eu frear o meu carro e passar devagarzinho, olhando, procurando o rosto da vítima, só para chorar pela aquela fatídica cena de um morto todo ferido?

Mas eu quero voltar às pessoas que passaram a existir ainda com vida.
Não é estranho tudo isso?
Pessoas que há anos vejo semanalmente, diariamente e nem me dou conta, não existem pra mim. Não me adianta falar em Dona Ana Maria Beatriz Alvez da Cruz Faria, ela não existe (na verdade, em meu imaginário agora ela passa a existir, no sentinto que crio um corpo e um rosto para ela). Lembro-me de uma dessas pessoas que já falei, que a gente percebe de repente, e um rosto desconhecido passa a fazer parte do seu leque de pensamentos. Daí você percebe que ela ten um olhar especial, único, tem corpo, forma. Durante muito tempo foi exatamente isso. Uma pessoa que passou a existir e tomou forma.
Porém, ainda não tinha nome, endereço, voz, história. Mas como é que alguém passa a existir sem referências? Dei-lhe um nome, um endereço e uma história. O que me valeu até essa pessoa tornar-se de fato real.

Tê-la como real - ser materializado - durante muito tempo me trouxe certa euforia, mas como tudo na minha vida, passou. Mas acho um exemplo muito interessante esse, de como a pessoa vai tomando existência aos poucos.

Quanto minha visão egocêntrica de criança, de tudo não estava errada. Nem certa! Mas criei muita coisa!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

sei não, mas acho que está acontecendo alguma coisa muito estranha comigo...
será que são aqueles dias? (Não aqueeeles dias, outros dias)
é muito estranho mesmo, desde o primeiro dia, não teve um que não me atentasse à aula, e dentre as 4 matérias do período, só uma salvava minha atenção! Me sinto sei lá, meio aérea.
Não é um pensamento específico, não é uma pessoa em especial, apenas eu mesma.
Tão estranhas que comecei o post, olhei pro lado e 20 minutos depois [ou mais] voltei, sem a menor noção do que eu ia escrever.
:s

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Poema de 5ª série

Diga-me que és tu
Que vem e passa
Fica e me veja
E o meu mundo terá sentido

Mostra-me que és tu
Melhor que a cachaça
Ou qualquer doce que seja
E o meu mundo não será desvalido

Prove-me que és tu
Que salvar-me-á da desgraça
Que sou a fonte do que deseja
E o meu mundo não será mais temido.

Sejamo-nos nós
O braço que abraça
A voz que planeja
E nosso mundo estará mais perdido.


Poeminha(?) patético pra fechar a semana...
=D
E não, não foi escrito durante a 5ª série...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009


Ela era apenas uma menina e tinha um sonho...
Mas seus sonhos não eram vazios, como sonhos de misses, daqueles que são discursados em noite de prêmio, como "um dia não haverá fome na África e haverá a paz no mundo inteiro", também não sonhava cheio demais, como quando se sonha em ganhar muito dinheiro, ter uma casa muito grande e bonita com um lago pra andar de canoa e ter um poney.

Ela sonhava real, dentro do mundo dela.
Queria ser independente, morar num pequeno apartamento, matar sua fome de mundo, a fome de saber e todas as outras fomes. Sobretudo, queria alcançar a sua paz.

Ela era apenas uma menina...
Se escondia num corpo de mulher, mas era apenas uma menina. Que tinha tanto medo, tanto medo de acordar, de dormir no vazio da sua solidão, de estar no meio da multidão, e ser apenas mais uma, embora não desejasse ser a única.

Ela não tinha um único sonho.
Sonhava o tempo todo, e as vezes os chamava devaneios. Aliás, adorava devanear enquanto via a cidade se afastar pela janela traseira do ônibus... algo a fascinava ao olhar a cidade afastar-se e não sabia explicar.

Ela era apenas uma menina e tinha um sonho...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Perder

"E acho que não devemos nos perder..."
Há dias que músicas vêm à minha cabeça e passam o dia, ali, martelando, e vez ou outra me pego cantarolando algum trecho marcante. Outras vezes, foi o que o professor disse, ou algo que surgiu durante a aula, como foi o pensamento, que me assombrou durante dias, e as vezes tenta voltar, ou agora coisas como reforço, reforçador, punitivo, coerção, estímulo, respondente e operante brincam de 'escravos de Jó' nos meus devaneios... Até um poeminha surgiu, mas nem ficou muito postável, então qualquer hora ele aparece aqui, quando der...

Mas vim falar do perder, e não de PGE!

Quanto essas coisas que vão e vem na minha cabeça, essa frase a está rondando faz alguns dias... "não devemos nos perder"... mas todas as coisas que nos juntavam, não fazem mais razão de fazer ficar perto, e todos os encontros, já não são tão assim motivo de encontro mais. E sinto que estamos nos perdendo... perdendo a passos longos. Rápido, voraz...

Coisas que me deixam um tanto chateada, pois sempre gostei tanto do que nos tornava iguais e mais ainda do que nos tornava diferente, e ao nos perdermos um do outro, perder-se-á tudo que está em torno. Mas quem sabe numa outra ocasião tudo se remende e os trapos consigam ser remendados novamente, não?!

Tenho esse péssimo costume de esquecer as coisas e voltar como se nada tivesse acontecido, aliás, nem é tão péssimo assim. Acho até que é um dom, e talvez eu seja sim um tanto quanto cara de pau.
o/