sexta-feira, 30 de julho de 2010

Inspiração

Falta que faz
Sorriso que não nasce
Desejo que não tem.

Sorte que nunca vem
Esperança que não desiste
Paz que vem pra ficar.

Silêncio dos justos
Amor em pedaços
Coração cicatrizado.

Tormenta maior
Amor puro incendiado
Amor que deseja.
O sol que nasce
A lua que brilha
Nessa pele sua.

E tudo o que agora quero
Que entre silêncios espero
Minha boca tocando na sua.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Caixinha de música

E hoje eu resolvi arrumar meu quarto de verdade... comecei inocentemente, arrumando a mesinha de make, quando me vi já estava colocando as roupas pra fora e de fora pra máquina, e parei agora na zona proibida (aquela que só tafunho coisas sempre, mas nunca lembro de tirar). Senti orgulho de mim, porque acordei com o espírito do "jogue tudo fora" e realmente não entendi o que a joça da etiqueta da roupa estava fazendo ali... e caixinhas de mil coisas... aihn... tudo pro lixo!

Acabei a parte mais crítica da zona (porque é a parte do meu estoque, então de quando em vez eu mexo sim) e pulei pra prateleira de baixo... tirei alguns trecos e tudo o mais, parei numa caixinha de música cor de rosa. Encarei-a.... Abri... Fechei... dei-lhe corda e abri de novo.

Aquela musiquinha ficou tocando em cima da cama enquanto eu tirava outras coisas, enquanto cantarolava a música da caixinha "mesmo querendo não posso ser sincera, pois nos meus sonhos eu me confesso. E nesses sonhos voam fantasias, que muitas insônias me causarão. Agora mesmo eu queria ver-te, estar comigo sob a luz da lua, mas essa luz não deixa eu dizer-te que quero viver uma nova emoção. Um caleidoscópio é meu coração, luz da lua guie este amor...".

De repente, parei de cantar, e só escutei. Senti a música tão longe, tão triste, e bateu uma nostalgia gostosa. Voltei àquele Natal de 1996 quando ganhei a caixinha de música, meu primeiro diário, o broche da Sailor Moon, um livro da coleção "Salve-se quem puder" e fui fazendo todo o percurso até hoje. De todas aquelas coisas que existiam em 1996, hoje, só restam-me três: A caixinha, o meu diário e a Mayarinha...

Mas ah... Tão gostoso!

:)

domingo, 25 de julho de 2010

Hóstia branca

Acho que nunca falei da minha religião aqui no blog. Sei lá, acho que nunca me senti inspirada pra escrever sobre... mas hoje, nos últimos dias, nos últimos tempos... Tenho experimentado algo que não sentia há tempos.

Sempre soube, sempre senti a presença de Cristo na Comunhão, este não é o problema, aliás, esta é a solução. Não sei se foi passar a passar mais missas lá no altar, com o pessoal da Liturgia, se foi por estar mais presente nas minhas funções da Igreja, ou pelo momento que passei.

Mas semana passada, ao comungar, senti uma força estranha, sabe? Um poder... como se tudo o que eu quisesse fazer fosse possível, como se o mundo pra mim não fosse limite. Maravilhoso! Hoje, hoje foi um tanto diferente... estava já meio fragilizada com algumas rasteiras que andei levando da vida, aquele papo da prima que quando dá uma coisa certo, tenho até medo das três que darão errado, mas enfim... não era meu melhor dia hoje, e verti várias lágrimas durante a missa, embora não quisesse chorar ali, principalmente hoje, mas enfim, acho que fui discreta...

Até que... até que... ai. A consagração... tão linda (ainda bem que não foi cantada... acho que choraria de soluçar). De alguma forma teve um significado novo pra mim, coisa que deveria ser sempre, que eu deveria até saber explicar, mas enfim. Epifania, talvez. Daí, foi a primeira comunhão de uma mulher, conhecida minha, casada com um amigo dos meus pais do tempo do ECC, e por isso, teve um fundo todo especial... e eu vendo-a lá em cima do altar, com vestidinho branco, lembrei-me daquele novembro do ano 2000, quando quem vestia o vestidinho branco era eu.

Da alegria que senti, a vela que ainda deve estar guardada aqui em casa, e fui mais além. Fui quando em meados de Abril, Maio, quando meu irmão fez a primeira comunhão e eu esperava toda a família voltar da fila da comunhão... vê-los todos lá, indo receber Jesus, e eu sentadinha no banco, esperando eles voltarem, e sozinha, só pensava quando seria minha vez, quando eu poderia experimentar aquele paozinho santo, aquela hóstia branca, cheia de poder, quando poderia ter Jesus no meu coração, e silenciosamente eu chorava por não poder Tê-lo comigo, e não deixava que ninguém percebesse...

Finalmente, então pude recebê-lo em meu coração, e de mais uma forma integrá-lo à minha alma. O alimento do espírito... Tudo isso voltou hoje de forma muito forte... vinha voltando tempos atrás, mas hoje...

Selando este momento com o passado, pensei numa música, que não me lembro a autoria, e estou realmente com preguiça de procurar, o que importa é a letra...
Que bom Senhor
Ir ao Teu encontro
Poder chegar
E adentrar a Tua casa
Sentar-me contigo
E partilhar da mesma mesa
Te olhar, Te tocar, e te dizer: "Meu Deus, como és lindo..."
Oh Meu Senhor,
Sei que não sou nada
Sem merecer
Fizeste em mim Tua morada
Mas ao receber-Te
Perfeita comunhão se cria
Sou em Ti, és em mim, minh'alma diz: "Meu Deus, como és lindo..."
Linda, linda... mas não foi essa que me fez chorar hoje... Silvinha voltou com uma música que eu não ouvia há tempos, mas que me chamou atenção da primeira vez que ouvi. Hoje então, aproveitando todo esse meu espírito de coração amantegado, anotei um trechinho (contando com meu esquecimento) pra procurar em casa. E não é que eu não esqueci!? :D
Aí procurei e achei.
Vejo-te um último segundo
Boa noite
Vou domrir.

Sonho-te de novo
Porque agora abraçada ao travesseiro
Já dormi.

Então acordo
E vejo a mim
Então me preparo
Que é pra te ver mais uma vez

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Poesia

Mera distração

domingo, 18 de julho de 2010

Suspirações

Num primeiro suspiro
levanto
Penso no alguém que admiro
e canto.

Num suspiro apertado
choro
Penso em tudo aquilo
que faço.

Num grito abafado
desabafo
Me invade todos os momentos
que penso.

Num sussuro leve
cochicho
Falo tudo que te quero
e rio.

Num silêncio estridente
calo
Vejo todos os lados
me perco.

Num ultimo suspiro
deito
Penso em ti
e sonho.
A sina nossa me distrai
Então toda mágica acabou
E sobrou apenas o pó
Foi o pó do qual vim?
Ou o pó que a gente joga fora?

sábado, 17 de julho de 2010

Amigo

Eu tenho tanto pra lhe falar
Mas ao menos sei como dizer
Não sei se sua vida quero mudar
Talvez apenas apoiar aquilo que queres ser

Se trazes marcas do seu passado
Permita-me tentar cuidar
Paraque durmas sossegado
No aconchego do seu lar

Eu te quero mais que um conhecido
Caminhando comigo
Que possa ouvir despercebido
Eu dizer: "Meu querido amigo"

quarta-feira, 14 de julho de 2010

E se eu quisesse correr longe
Correria.
Para onde nem o tempo nem vento
Pudessem me alcançar

E se eu quisesse sumir
Me esconderia
Poderiam me buscar dia e noite
De nada adiantaria

E se eu quisesse manter segredo
Me calaria
De forma tal que nem a meu maior encanto
Contaria

E se eu quisesse ficar perto
Voltaria.
Não para qualquer lugar,
Mas pra onde você está.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Pois sempre será a lembrança que gostarei de recordar.
Dos momentos do passado
Da imaginação do futuro
Do vivido no presente.

Sempre, sempre, sempre
Da forma que está
Do jeito que me agrada
Da maneira que te vejo

De como sempre quis ver
E como será
Doce do amargo
Paz do tumulto
Silêncio do estrondo
Eu de você.
Primeiro a batatinha, segundo a carninha, por último o arroz.
O arroz não, por último o sorvete!
:D
Tem coisas que nunca mudam
E eu gosto assim!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Quem é você?
De que lado você vem, e por onde você anda?
E se tanto anda, por que não anda ao meu lado?
Por que não para ao meu lado?
Neste momento, eu poderia facilmente apertar o seu nariz
e dizer coisas bonitas.
Só pra tentar descobrir você.
Só por ser você...

domingo, 11 de julho de 2010

Deeeeeeeesaaaaacaaato!
Deeeeeeeeeeesaaaaagraaado!
Descaso
Desdenhado
Deeeeeeeeesoooordem!
Desorganizado!
Desmentido
Des...virtuado!
Desprovido
Desrespeitado!
Desmemoriado...
Descalço...
Descansaaaaaaaado
Descolado!
Desavisado
Desconhecido
Des...confiado
Descrito
Desenhado.
Desencontrado...
Desfeito...
Desenganado.
Despercebido,
Desacreditado...
Desviado,
Sorriu.

sábado, 10 de julho de 2010

E só o amor é capaz de transformar
Só o amor é capaz de criar
Qualquer amor que seja

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Um brinde à todos os hipócritas!

E quer saber do mais?
Agora eu vou é por a boca no trombone! Vou é mesmo reclamar. Acho desaforo! Ai ai ai!
Sabe... desde algum tempo, acho que um pouco antes da Psicologia fazer parte da minha ciência propriamente dita, eu já vinha pensando sobre isso... Quem descreve a My, descreve como um ser risonho, bobinho, inocente... ótimo! Tudo isso mesmo. Perdoo (confesso que já fui melhor nisso), me calo, me zango em silêncio, mas observo. Não tenho olhos de lince, não fico futucando, procurando detalhes pequenos, apagados em meio as evidências, mas observo, observo o passado, observo o presente, observo as observações.

E são justamente as observações que me irritam!  Sabe, aqueles moralistazinhos, donos de uma teoria tão, tão, cor-de-rosa de bonitinha, cheia de planos, promessas, brindes e recompensas aos de bem, que se esquecem de serem pessoas de bem?

Ou então eu devo estar muito enganada né? Talvez ser pessoa de bem é dizer: "Eu pago todas as minhas contas, não estupro criancinhas, não traio meu parceiro , tomo banho e todas as vacinas, não vasculho o lixo do vizinho, nem furo fila. E você fica se fazendo de santinha, depois de ter feito tudo aquilo? Tem dó né!". Ah tem dó né!
Acho que isso não é ser pessoa de bem não. Muito pelo contrário... Ajudar as pessoas a crescerem é ser de bem.

Agora é muuuuuuito bonitinho encher a boca pra falar de amor ao próximo, falar que é uma pessoa legal e ser pooooooodre por dentro! Ser tão doce, tão carinhoso, tão injustiçado e ser o grande causador de injustiças. Fazer o outro sofrer.

Tem gente que erra feio, eu sei. Eu já errei feio, talvez numa situação um pouco mais favorável a mim, e tenho certeza que também já o fez! Mas acho que não justifica. Nem justifica tanta gente vir pra cima e crucificar. E isso me deixa mais profundamente irritada quando envolve pessoas que se intitulam cristãs e que dizem viver a cristandade.

Sim, sinto o tapa na cara que estou dando em mim mesma, mas a minha dificuldade momentânea de esquecer não está gerando tanto furdunço quanto tenho visto por aí...

Aliás, tenho pensado muito esses dias o que devo fazer pra acabar com isso... não com o que os outros andam dizendo, mas com o que EU ando dizendo... Sei lá, é meio que pra expurgar, to tentando digerir o que me causou incômodo, mas parece que nunca cura... Confesso que me sinto meio perdida com isso. Mas não me sinto bem. E por isso estou tentando acabar com isso. De toda a forma que eu puder tentar, mas estou tentando! No fundo, acho que só preciso exercitar meu setenta vezes sete!

E claro, a Santa Paciência...

Sei lá, eu erro sim, faço cagada sim. Mas eu busco (não digo que consigo sempre) relevar de forma tal que eu esperava que me fosse relevado. Pior você que é feio! ;p

Traz de novo

Tava vendo meu blog hoje... coisas que ficaram pra trás... tinha esse poema que tava lá escondido, gosto dele. É de novembro de 2009...


Poesia está na alma
É da cor, do cheiro e do gosto que tem.
Poesia é verso, é rima
De frases curtas conto a prosa que na cabeça me vem.

Poesia não é simplesmente poesia
o tom da verdade
A pura fantasia
Qualquer coisa que expresse um momento de felicidade.

Poesia é a alma.
O cantor, a poetiza.
Versos são versos
Que encanta e acalma.

Poesia sempre será poesia.
Será a voz de quem se cala
A esperança da profecia

Da vida tiro uma lição
E dela com meus versos,
Faço uma canção
Que é pra ver se desperto
Seus olhos tão dispersos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Hoje senti uma vontade de voar
Uma vontade de me dar
A possibilidade de cantar
A alegria do tentar

Hoje senti que de fato podia voar
Que talvez pudesse amar
Que era fácil sonhar
Que eu podia lutar

Hoje me vi voar
Talvez foi por pensar
Que estava fora do lugar
Mas não me deixei acovardar

Hoje acreditei voar
Quando encontrei o teu olhar
Depois de te lembrar
Um instante depois de te beijar

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Pílulas de felicidade

Felicidade... é complexo dizer sobre ela...
A grosso modo, costumo acreditar que ela não existe! Talvez seja apenas uma soma, uma média que se faz.
Momentos felizes? Esses sim, aos montes, e até quem não tem olho pode ver! ;D
Então... aí você soma todos os momentos felizes, e os não felizes, tire a média, e veja qual é mais.
Ter-se-á encontrado, pois, a felicidade.
Ou seja, felicidade é passado, o que há de se esperar do futuro então?

domingo, 4 de julho de 2010

Se pudesse fingir
Que o ontem fosse hoje
Ou que o amanhã fosse daqui a três minutos
O que você criaria?

Se pudesse inventar
Uma nova forma de cantar
Ou uma outro motivo de silenciar
A quem você dedicaria?

Se de tudo o que pudesse
Fosse possível mudar a face
Quem sabe a verdade
Quem você seria?

sábado, 3 de julho de 2010

[Re]Descobertas

Direto ouvia músicas com meus pais que nunca mais ouvi depois de grandinha... Daí que de vez em quando aparece uma...
Essa, de quando em vez eu cantarolava, sem saber muito do quando e do porquê, até que de repente, eis que surge ela ao acaso nas músicas recém-baixadas, o que acontece quando a gente resolve baixar discografias completas por causa de uma música... rs

Enfim... acho ela doce, gostosinha e bonita...


Lua e Flor (Oswaldo Montenegro)

Eu amava
Como amava algum cantor
De qualquer clichê
De cabaré, de lua e flor...
E sonhava como a feia
Na vitrine
Como carta
Que se assina em vão...
Eu amava
Como amava um sonhador
Sem saber porquê
E amava ter no coração
A certeza ventilada de poesia
De que o dia, amanhece não...
Eu amava
Como amava um pescador
Que se encanta mais
Com a rede que com o mar
Eu amava, como jamais poderia
Se soubesse como te encontrar...
Eu amava
Como amava algum cantor
De qualquer clichê
De cabaré, de lua e flor...
Eu sonhava como a feia
Na vitrine
Como carta
Que se assina em vão...
Eu amava
Como amava um pescador
Que se encanta mais
Com a rede que com o mar
Eu amava como jamais poderia
Se soubesse como te encontrar...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Se é que me permites
Vou-me embora
Vou pra longe
Pra além dos meus pensamentos
Para além de tuas ideias
Para além da tua memória

Se é que me permites
Partirei
Assim quem sabe,
não vejas minhas lágrimas
Assim quem sabe,
não vejas que sou eu

Se é que me permites
Serei eu
Apenas eu...