sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O que eu posso fazer se não vejo mais a sinceridade nas suas palavras?
O que eu posso fazer se não sei como recuperar o que está trincado, se já tentei consertar e colar as rachaduras, que teimam em se fazer maiores?
Não sei o que aconteceu comigo este ano - começo a fazer o momento retrospectiva de todo ano - mas tenho certeza que já fui melhor quando o assunto era perdão. :|

Sentia que antes era tão mais fácil fazer passar... era só escrever, por pra fora de um jeito qualquer e pronto. Mas não tem sido simples assim, aliás, nada mais tem sido simples. É que eu sempre preferi depender só de mim para fazer acontecer, então eu decidia que passou e pronto. Agora eu me importo com o que o outro lado faz.

Não o que o outro lado fez para, mas o que fará por. Fiquei dois meses sem falar com uma pessoa de minha estima, simplesmente porque não havia nenhum movimento por, por parte dela. Primeiro: sim, a possibilidade de contato era diária; segundo: "ohhh, mas se passou-se dois meses, você não fez nada por também!". Fato, o problema foi quem fez por todos os outros dias antes dos dois meses, e os dias que se sucederam o que veio depois da quebra de gelo de dois meses. Só uma tentativa de tentar me convencer que de alguma forma a importância é recíproca, e é só isso que tenho buscado encontrar. A importância que vem do outro lado.

Isso é meio frustante as vezes. A gente procura a importância que alguém dá a você, e percebes que és tratado como aquela pessoa que "vou recorrer quando ninguém mais está para mim", de forma extremamente descarada, e como mostra que as decisões que envolvem a sua pessoa, são sempre mais difíceis e problematizada que as que envolvem os demais. Uma vida pra escolher o que refere-se a você, um convite alheio pra desmoronar todo o planejamento.

Talvez a frequência de determinados comportamentos tende a fazer com que o outro habitue-se a, e deixe de responder da forma esperada, no entanto, eventos totalmente aversivos possibilitam o surgimento de comportamentos de contra-controle, como forma de reagir ao que lhe é aversivo. Acho que o que aconteceu foi isso. Cansei de aceitar de pronto e fazer parecer que está tudo bem. Antes preciso sentir que está tudo bem, e tal conforto só pode vir quando demonstra-se que o problema tem importância sim, e que a solução só pode ser encontrada juntos.

Lembra de tudo o que está trincado lá do início? Pois é, sempre há um rolo de fita adesiva quando há mais de um par de mãos para remendar, ou construir um novo.

1 olhar(es):

Anônimo disse...

"... e um dia você entende que o fato de uma uma pessoa não nos amar do jeito que esperamos que ela nos ame, não significa que ela não nos ame."
Shakespeare

EU TE AMO!
:D

Beijo!