quinta-feira, 17 de junho de 2010

Então... tava procurando um envelope de papel, no auge do meu desespero a esta hora da noite e no entanto achei meu caderno do primeiro período da faculdade... nele continha um poema, que estranhamente achei legal. Estranhamente porque geralmente não gosto dos meus escritos depois que o momento passa. Enfim... pela sua localização no fim do caderno e o texto que vem antes, suponho ser de uns dois meses para o fim do período, talvez um. Arrisco que foi na aula do Nelson (TSP I)... bom, vai lá.


Tal como quero e deve ser, sou
Tanto e quanto tenho, temo
Temo tanto, contudo e sempre, que as vezes me perco
em meus medos, meus sonhos e eus desejos
Desejo o que posso e o que não devo
Como não devo, sou grata, e meus desejos: ingratos
Quem diz?
Quem me move?
Qual a força?
Onde se organiza?
Não me organizo, apenas sou, apenas sinto
Sentir, saber e ouvir, não são feitas por observação
Sem observar, sem ver, sem tocar, só se pode acreditar
E acredito não saber, não sentir e não sonhar
Sonho apenas o que penso, o que falo, o que desejo
Desejo que sou.

3 olhar(es):

Filipe M. Vasconcelos disse...

Que poema lindo, May.. Eu não sabia que vc escreve tão bem!!!

ps. se o poema tivesse sido escrito na aula de PGE até que eu perdoaria..rsrs

Jordana Diógenis. disse...

Eu adorei!

Nanda disse...

Ain, lembrei desse poema, juro!
vc sempre me mostra... *_*

eu adoro! =)


as mudanças são estáveis na medida da instabilidade constante...