sábado, 11 de setembro de 2010

Conformações (em 11/09/2010)

Não tem jeito.
Você nunca enxergará o mundo com os meus olhos, e eu sequer tenho o direito de te cobrar isso, por mais que eu ache óbvia minha teoria. Não é questão de sentimento superior - em nenhum dos lados - não é acreditar numa verdade única ou universal.

É apenas assumir a verdade de que o que me é favorável, não lhe é. As vezes isso me deixa triste. Não porque é minha vontade impor meus referenciais. Estaria mentindo se dissesse o contrário, mas não acredito que eu seja como aquele persanagem dos quadrinhos (Calvin), que acha que tudo seria muito mais fácil (e melhor) se todos concordassem comigo.

Hoje a aula me fez chegar a uma conclusão mais clara de algo que outro dia falava a um colega: "Sua opnião é importante sim, dar conselhos é bacana, mas não podemos exigir que as pessoas o aceitem. Elas têm suas próprias opniões e e suas razões de assim o ser".  O que foi falado hoje, foi no contexto da terapia, quando um paciente chega com um "problema" e a solução óbvia que achamos que ele deseja, não é necessariamente a que ele deseja. Seria algo do tipo "Como dez barras de chocolate por dia e me sinto culpado" a primeira vista, achamos que a finalidade da terapia seria comer menos chocolate, talvez reduzir o consumo a uma barra por semana. Qual a surpresa quando o complemento da frase do cliente é: "gostaria de fazê-lo sem sentir essa culpa".

Não quero entrar no mérito desse assunto, e sim no que me fez pensar - talvez com isso eu entre sim no mérito do assunto.  O que pretendo é apenas refletir sobre como as vezes - ou com certa frequência - eu me chateio com coisas que escuto. Coisas que não deveriam ser assim, mas não sei como fazer ser diferente - talvez isso mais me incomode.

Já vi o problema, já vi a raiz da solução, mas não consigo cavar para libertar essa mudinha para o desenvolvimento. Espero conseguir achar as ferramentas necessárias.

Logo que comecei a escrever, pensava em jogar tudo pro alto, mas agora vejo que não. Acho que tentarei mudar as estratégias, só preciso desenvolver um pouco mais o repertório. Talvez, quem sabe, eu não consiga fazer a diferença?

Eu não vou desistir.

Pretendo manter meu posiconamento de "não forçar ninguém a ver com meus olhos", mas acho que posso limpar as lentes que cobrem os olhos dos outros, depois de limpar as lentes que cobrem os meus.


Ps: Pra variar, não esgotei meu pensamento, e provavelmente perdeu a lógica o meu pensamento, enquanto eu escrevia. No entanto, não posso continuar escrevendo no momento, e ele morrerá se for gurdado nos rascunhos, tal como muitas coisas. Talvez outra hora eu volte com o raciocínio mais limpo.

1 olhar(es):

milinhazero disse...

achei muito bem fraseado o último parágrafo ;D