domingo, 25 de julho de 2010

Hóstia branca

Acho que nunca falei da minha religião aqui no blog. Sei lá, acho que nunca me senti inspirada pra escrever sobre... mas hoje, nos últimos dias, nos últimos tempos... Tenho experimentado algo que não sentia há tempos.

Sempre soube, sempre senti a presença de Cristo na Comunhão, este não é o problema, aliás, esta é a solução. Não sei se foi passar a passar mais missas lá no altar, com o pessoal da Liturgia, se foi por estar mais presente nas minhas funções da Igreja, ou pelo momento que passei.

Mas semana passada, ao comungar, senti uma força estranha, sabe? Um poder... como se tudo o que eu quisesse fazer fosse possível, como se o mundo pra mim não fosse limite. Maravilhoso! Hoje, hoje foi um tanto diferente... estava já meio fragilizada com algumas rasteiras que andei levando da vida, aquele papo da prima que quando dá uma coisa certo, tenho até medo das três que darão errado, mas enfim... não era meu melhor dia hoje, e verti várias lágrimas durante a missa, embora não quisesse chorar ali, principalmente hoje, mas enfim, acho que fui discreta...

Até que... até que... ai. A consagração... tão linda (ainda bem que não foi cantada... acho que choraria de soluçar). De alguma forma teve um significado novo pra mim, coisa que deveria ser sempre, que eu deveria até saber explicar, mas enfim. Epifania, talvez. Daí, foi a primeira comunhão de uma mulher, conhecida minha, casada com um amigo dos meus pais do tempo do ECC, e por isso, teve um fundo todo especial... e eu vendo-a lá em cima do altar, com vestidinho branco, lembrei-me daquele novembro do ano 2000, quando quem vestia o vestidinho branco era eu.

Da alegria que senti, a vela que ainda deve estar guardada aqui em casa, e fui mais além. Fui quando em meados de Abril, Maio, quando meu irmão fez a primeira comunhão e eu esperava toda a família voltar da fila da comunhão... vê-los todos lá, indo receber Jesus, e eu sentadinha no banco, esperando eles voltarem, e sozinha, só pensava quando seria minha vez, quando eu poderia experimentar aquele paozinho santo, aquela hóstia branca, cheia de poder, quando poderia ter Jesus no meu coração, e silenciosamente eu chorava por não poder Tê-lo comigo, e não deixava que ninguém percebesse...

Finalmente, então pude recebê-lo em meu coração, e de mais uma forma integrá-lo à minha alma. O alimento do espírito... Tudo isso voltou hoje de forma muito forte... vinha voltando tempos atrás, mas hoje...

Selando este momento com o passado, pensei numa música, que não me lembro a autoria, e estou realmente com preguiça de procurar, o que importa é a letra...
Que bom Senhor
Ir ao Teu encontro
Poder chegar
E adentrar a Tua casa
Sentar-me contigo
E partilhar da mesma mesa
Te olhar, Te tocar, e te dizer: "Meu Deus, como és lindo..."
Oh Meu Senhor,
Sei que não sou nada
Sem merecer
Fizeste em mim Tua morada
Mas ao receber-Te
Perfeita comunhão se cria
Sou em Ti, és em mim, minh'alma diz: "Meu Deus, como és lindo..."
Linda, linda... mas não foi essa que me fez chorar hoje... Silvinha voltou com uma música que eu não ouvia há tempos, mas que me chamou atenção da primeira vez que ouvi. Hoje então, aproveitando todo esse meu espírito de coração amantegado, anotei um trechinho (contando com meu esquecimento) pra procurar em casa. E não é que eu não esqueci!? :D
Aí procurei e achei.

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