domingo, 4 de abril de 2010

Dos versos inacabados

Por cada caso
Acaso do descaso
Nas noites frias
Gélidas e imorfas
De onde não há planos
Sonhos e escândalos
Na mesma noite aquecida
Que a criança dorme.

Nessas horas não há eu
Não há você
Não há perdão.
Não há sintonia
Não há melodia
Não se faz nossa canção.

Mas mesmo assim
Eu peço
Eu quero
Eu espero.

E o ar que eu busco
A paz que procuro
Tudo perdido
Tudo em vão.
Com as tardes se foi
Me restando apenas a escuridão.

E de tudo que ainda tenho
Dos planos e sonhos
O plano se faz reverso
E o sonho é passado
Tudo é descaso e solidão.

Das tardes vazias,
Os versos tristes
Palavras fúnebres
Pensamento inquieto
Corpo insão.

E por mais que eu fuja
Que eu grite e implore
Meu verso se fez carne
E meu corpo deu o tom.

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