quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Um sonho não tem o gosto de sonho se você não está disposto a experimentá-lo. Seguir adiante, ligeiro, sem pressa. Entrar numa padaria. Pedir o que nunca pediu antes, um sonho bem rechonchudo. E pedir pra viagem.
Ir à papelaria, comprar uma caixa bem bonita. Comprar uma fita e fazer um laço. Ir pra casa. Embrulhar o sonho. Guardar na geladeira e ir brincar lá fora.
Perceber que há alguma coisa errada lá dentro, pular a janela - é sempre bom aprender a pular janelas em caso de portas fechadas - fechar a torneira e voltar a brincar [pela porta, que se abre por dentro], e dispender horas do seu tempo naquele movimento de contrair e descontrair o abdômen, misturado com uma gargalhada limpa e sincera, mas nem um pouco sutil.
Encontrar as chaves e voltar pra casa. Ir para o quarto com a certeza de ter tido um dia bom. Dormir com a certeza de que faltava algo. Acordar com a certeza de que aquilo não era importante. Ir à padaria e pedir um pão francês.

2 olhar(es):

Jordana Diógenis. disse...

Nossa que sonho este texto!

anotei, imprimi, guardei!

Jordana Diógenis. disse...

nossa, li de novo! este tem que estar no seu livro..rsrs