quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Saudade é uma palavra que mora longe...
Hoje vi uma foto que me fez pensar em você. É uma pena, às vezes ainda olho pro céu e penso em você, procuro aquela estrelinha que eu carinhosamente apelidei de você, só pra sentir que sorrateiramente ainda estaria perto. Quanto tempo faz? Os anos vão se passando, e eu vou perdendo a conta, porque no fim, não importa mais.
Ainda rezo por ti quando o padre diz para pensar nos entes queridos. Penso em um ou dois mais, que chegam à cabeça a tempo. Mas em geral, você sempre é o primeiro.
Nove anos...
Ainda tenho o diário que eu escrevia coisas de quando você vinha à minha casa. Acho que você tinha a idade que eu tenho agora, e era um menino. Sweet heart, talvez o mais querido... tão sorridente, inocente. Não inocente bobo, mas sem malícia. Talvez um pouco não lapidado, em seu real estado. Tinha amor a arte.  À sua arte, e a sua maneira. Ainda lembro da sensação que tive quando passeei com você.Tive medo. Muito. Mas fiquei muito mais feliz de lembrar em como ele acabou bem.
Certas coisas eu não me lembro. Coisas que leio no diário. Não me lembro de você ter dormido aqui em casa, mas eu escrevi que isso aconteceu porque simplesmente não vimos o tempo passar e ficou tarde pra voltar sozinho. Lembro de quando ia ver você no trabalho e do dia que pulei seu abraço para abraçar minha mãe porque tínhamos brigado de manhã. Mas logo voltei para revogar o abraço que era meu por direito. Lembro da pizza do meu aniversário, o último.
Do seu corte de cabelo, do palíndromo, da sua senha, do seu prato favorito.
Tantas coisas outras eu esqueço... só não quero esquecer você.

1 olhar(es):

Jordana Diógenis. disse...

esmiuçando a realidade, como vc consegue tão bem?