sábado, 30 de outubro de 2010

E o coração? Vai bem, obrigada!

Querido blog!

Bem, eu sei que o mais indicado seria a expressão "querido diário", mas bom, isso não é um diário, nem no sentido de escrever diariamente nem contar fatos corriqueiros dos meus dias na forma que são. Sim, sim, conto os fatos diários, mas sempre os encapo com plásticos coloridos e adesivos tal como meus cadernos de escola.


De qualquer forma, cá estou eu, pra contar vários fatos corriqueiros do meu dia, do jeito que eles foram, então não vou metaforizar, nem poetizar, vou apenas contar.

Pra que? Não sei. Se pá ao final eu descubro...

Então, comecei o dia de uma forma totalmente divergente do habitual [nos últimos tempos], passando no cardiologista antes de ir pra UFES. Não, não estou morrendo mais que o normal (daquele tipo "começamos a morrer no instante que nascemos" para os mais pessimistas), mas desde os 10 anos mais ou menos, eu frequento cardiologistas para monitorar a "doença" que herdei do pessoal da minha mãe: a hipertriglicerilimia e consequente hipercolesterolemia familiar.

Sim, uma pessoa tão magrinha quanto eu, pode ter triglicerídeos e colesterol em demasia. Tudo graças à genética!

Falando em magrinha, é... foi a primeira coisa que eu ouvi do meu cardiologista ao entrar na sala, depois de explicar que ainda não virei doutora, mas que é uma questão de tempo (mais ou menos assim depois dos 3 anos que me restam de faculdade, 2 do mestrado e os 4 do doutorado, caso eu não pule nenhuma etapa). Pois é... estou bem magra, foi o que eu respondi. E completei brincando, que ia entrar pra academia ano que vem (eu avisei antes que era piada). E a resposta simplesmente foi "nada de aeróbica pra você. Musculação.".

Ah sim... obrigada. Agora vou me sentir culpada porque provavelmente não entrarei pra academia (talvez eu considere se minha bolsa aumentar).

Mas não fiquei só de papinho com o "dotô" não... fiz toda aquela bateria de exames que manda o figurino, eletroencefalograma, e fiquei me perguntando onde a mocinha estava colocando o ponto de referência e o fio terra. São coisas importantes, pelo menos na eletroencefalografia. Eu me lembro de ter aprendido isso numa prática do projeto de pesquisa. Mas enfim, resolvi deixar a mocinha trabalhando em paz. Duas horas depois, fiz o ecocardiograma, e fiquei me perguntando qual a necessidade de a máquina reproduzir o som do meu coração de forma tão ridícula!

É sério! Lá da recepção eu ouvia o coração da senhorinha com nome de criança. Era tum-tum! Tum-tum. O meu não se parecia com isso, e eu ficava me perguntando se as pessoas lá fora estavam escutando... Não importa. O bom de ser amiguinha do médico é que podemos papear enquanto as coisas acontecem... e estávamos falando de carreira.

Além de músico, cardiologista e pateta, ele ainda é professor nas horas vagas. Professor de uma renomada faculdade aqui de Vitória, e conhecido por suas provas mega-difíceis... E ele se justificando pra mim. Não sei... ele até me convenceu da justa dificuldade que ele impõe.

Eu penso entrar pra academia (não a de musculação, mas me entregar à vida de eterna aprendiz e dispersora do conhecimento), e venho estipulado minhas pequenas regrinhas de ouro ao longo do que venho experienciando como aluna e monitora. E numa coisa eu tenho que concordar com ele: se ele tem que clinicar o dia inteiro, dar aulas, atenção à família e viver, ainda sim consegue tirar tempo pra estudar (porque se engana muito feio quem pensa que um professor sabe tudo o tempo todo e vive da máxima "quem sabe faz ao vivo"), um aluno que teoricamente só estuda (no máximo faz estágio também), tem que ter seu tempo pra estudar também!

Mas isso ninguém quer...

Enfim... pretendo não facilitar também... tenho gostado muito da experiência com os construtivistas, e a aprendizagem a partir do erro, principalmente quando se fala em nota e possibilidade de melhorá-la de forma tal que o aluno não fique sob controle da nota.

Coisas que tenho praticado como monitora. Fui corrigir relatórios essa semana, e não consegui dar um 9 sequer. Pensei numa professora que disse numa ocasião que não costumava dar 10, porque 10 é nota para o que está perfeito em todos os sentidos. Bom, a intenção era que os alunos refizessem seus relatórios corrigindo os erros apontados. Sinceramente, eu não refaria um trabalho em tempo de fim de período só porque eu tirei 9,5, mesmo com a possibilidade de ficar com 10. Então as notas relativamente baixas (entre 7,2 e 8,8) foram estratégicas e não tiveram função de desgraçar a vida de ninguém.

Esse projeto de dar a oportunidade de refazer o trabalho (e até re-responder a prova) são coisas que pretendo levar pra sala de aula quando for eu a professora. Eu acho que vai ser bem legal. Faço muitos planos para meu futuro como professora e espero que seja bem legal.

Depois de pensar isso tudo e finalizar minha conversa com o médico, peguei minha receitinha com mais pelo menos 8 exames que serão feitos a partir do meu sanguinho e fui pra um dia normal na faculdade.

E o coração? Vai bem, obrigada! :)

1 olhar(es):

paulo tulli disse...

dotô osmar dotô osmar...
hahahahahaha
faz temppo que eu nao faço uma visitinha à ele!!

que bom que o core vai bem

bjo