quarta-feira, 20 de março de 2013

Apaixonando-se viu de longe o que talvez não seria. Pensou estar apaixonado, e por isso acabou se apaixonando. Não tinha razão. Não tinha nem um motivo irracional.

Sentindo-se amedrontado, fugiu. De que? Fugas tão constantes, tão incessantes, que não tornam as coisas nem um pouco interessantes, mas mesmo assim foge. É um gosto bom, não é? Poder ser alcançado, mas de repente, deixam-te escapar. Por que? É a pergunta que agora faz antes de dormir. Se era tão especial como foi dito, porque permitiram que fugisse?

É estranho, não é? Qual será que foi o gosto pra ela? Como será que estava sua pele? E o que será que ela escondeu eu seu último sorriso... Nunca saberá, e você sabe disso. Agora te incomoda, não é? Como pensou que seria? Às vezes, só o que não percebemos é que acreditando ser o fugitivo muitas coisas escapam de nós. Agora você sentiu a angústia, não é? Posso ver nos seus olhos. Pude sentir a cada  pergunta feita, como uma faca afiada.

Pareço deliciar-me com isso, mas não. Estou apenas percebendo. E às vezes a gente vê algo que surpreenderia contar. Ai a gente pergunta, que é pra ver se você também sabe. Mas isso é detalhe. Ainda penso na fuga. Eu gosto de escorregar. Gosto de seguir pistas, pegar detalhes. Gosto de encontrar fugitivos.

1 olhar(es):

Jordana Diógenis. disse...

cara você tá escrevendo MUITO BEM, simples assim.
um blog sobre o amor, encontrei!
e vc reinventou isso aqui. beijos.
obrigada por essa companhia na fuga!