Apaixonando-se viu de longe o que talvez não seria. Pensou estar apaixonado, e por isso acabou se apaixonando. Não tinha razão. Não tinha nem um motivo irracional.
Sentindo-se amedrontado, fugiu. De que? Fugas tão constantes, tão incessantes, que não tornam as coisas nem um pouco interessantes, mas mesmo assim foge. É um gosto bom, não é? Poder ser alcançado, mas de repente, deixam-te escapar. Por que? É a pergunta que agora faz antes de dormir. Se era tão especial como foi dito, porque permitiram que fugisse?
É estranho, não é? Qual será que foi o gosto pra ela? Como será que estava sua pele? E o que será que ela escondeu eu seu último sorriso... Nunca saberá, e você sabe disso. Agora te incomoda, não é? Como pensou que seria? Às vezes, só o que não percebemos é que acreditando ser o fugitivo muitas coisas escapam de nós. Agora você sentiu a angústia, não é? Posso ver nos seus olhos. Pude sentir a cada pergunta feita, como uma faca afiada.
Pareço deliciar-me com isso, mas não. Estou apenas percebendo. E às vezes a gente vê algo que surpreenderia contar. Ai a gente pergunta, que é pra ver se você também sabe. Mas isso é detalhe. Ainda penso na fuga. Eu gosto de escorregar. Gosto de seguir pistas, pegar detalhes. Gosto de encontrar fugitivos.
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1 olhar(es):
cara você tá escrevendo MUITO BEM, simples assim.
um blog sobre o amor, encontrei!
e vc reinventou isso aqui. beijos.
obrigada por essa companhia na fuga!
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